sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Estive em total falta de criatividade literária. Passei dias sem saber ao certo o que escrever, continuo assim na verdade, mas tem algumas coisas que devem ser colocadas para fora.
Essa semana me obriguei a ver o ultimo episódio de HOUSE, foi mais dolorido e emocionante do que eu esperava. Choques de realidade. Percebi que vinha a algum tempo anestesiada, me escondendo atrás de festas, bebidas, pessoas, noites. Fingindo ser feliz o tempo todo para ficar perto de pessoas que  julgava serem meus amigos, não generalizo é claro, mas a grande maioria. Fiz uma corrida idiota e em vão em busca de ajuda, encontrei raras pessoas de bom coração e outras tantas vazias e pensando somente no seu bem estar. Isso serviu como uma sacudida para acordar da anestesia. Pude então ver como eu estou quebrada, como estou frágil, como fui partida em pedacinhos que ficaram espalhados por todos os cantos, não estou curada ainda. 
Acordei numa manhã dessas me sentindo uma folha de papel amassada e jogada em um canto que vez ou outra alguém pega, desamassa, usa e depois joga no canto mais uma vez. É assim que o ser humano é né: Todo mundo usa todo mundo e tudo é um jogo de interesses.
Cansei de fingir ser o que não sou para fingir ter amigos que não tenho. Cansei de me esconder, de anestesiar a minha dor, de usar e ser usada. Também tenho o direito de desabar, chorar, sentir dor e sofrer. Também tenho o direito de ser humana. E se eu tiver que fingir uma felicidade vazia para ficar ficar perto de pessoas, prefiro ficar sozinha. Eu e meu real sofrimento.
Ninguém é feliz o tempo todo, mas o mundo e as pessoas que nele vivem parecem se interessar somente em momentos felizies. Ninguém quer estender a mão. Ninguém quer ser ombro. Ninguém quer abrir mão de momentos serenos para ouvir a dor do outro. Quer dizer raras pessoas. Mas normalmente a ajuda vem de quem você menos espera, e pode ter certeza de que não vai ser de quem você ajudou.
A grande realidade é que a gente está sozinho o tempo todo. Você tem que andar por conta própria e angarriar forças de você mesmo. E a velha frase cliche: Você tem que ser forte. Só que dessa vez eu não quero ser forte.


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