quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A aqueles que não tiveram a intensão de magoar alguém

Atiraste uma pedra no peito de quem só te fez tanto bem
E quebraste um telhado, perdeste um abrigo, feriste um amigo
Conseguiste magoar quem das mágoas te livrou
Atiraste uma pedra com as mãos que essa boca tantas vezes beijou
Quebraste o telhado que nas noites de frio te servia de abrigo
Perdeste um amigo que o teus erros não viu e o teu pranto enchugou
Mas acima de tudo atiraste uma pedra turvando essa água
Essa água que um dia, por estranha ironia, tua cede matou
Atiraste uma pedra no peito de quem só te fez tanto bem
E quebraste um telhado, perdeste um abrigo, feriste um amigo...

[Doces Barbaros]

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O amor seria somente mais uma palavra. Uma palavra como outra qualquer: cadeira, livros, horizonte ou paralelepípedo. Uma palavra perdida em um dicionário. Uma palavra imprecisa em uma canção. Uma palavra escrita numa placa no deserto. O amor poderia ser o deserto ou a canção, porque às vezes, nos dá uma espécie de sede, em outras, um carinho ao pé do ouvido.
Quem sabe o amor passasse despercebido, em silêncio, tão em calmaria que nem distraísse minha atenção das outras coisas bobas do mundo. Quem sabe o amor chegaria, como chegam correspondências de promoções, que a gente amassa e joga fora. Quem sabe o amor viesse como uma rosa entre as outras rosas em buquê, e olhando de cima, é tudo tão igual. Quem sabe fosse uma rua desconhecida, um creme para as mãos, um jeito de sorrir ou olhar, uma mania, um prato árabe, uma pizza, um peixe que vive só no Mar Egeu, uma marca de xampu ou de relógio, um sabor de suco, uma fruta. Embora para tudo, seja todo o sentido.
Poderia sim ser quase nada, se não tivesse sido tudo. Poderia não ter significância ou significado, senão fosse você. Senão fosse seu riso me chamando para dançar no meio do mundo, senão fosse seu nome se espalhar por todos os cantos dos meus pensamentos e os poros da minha pele, senão fosse o seu olhar na primeira vez que te vi, senão fosse seu ar de segurança, senão fosse sua simplicidade em falar. Se por um momento só, você não tivesse sido tão profundo. Se por um momento só, não tivesse sido você, teria sido tudo inútil, teria sido tão em vão.
O amor vem depois de você, e as palavras vem depois do amor. Tão clichê, tão bobo, quando a gente quer dizer que está apaixonada e sente tão amada a ponto de esquecer o resto do mundo. Tão tola nossa forma mais planejada para não ser amarrada pela paixão. Não vale nada toda razão quando o coração desperta.
O amor seria sim como qualquer palavra... se não fosse sua chegada.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os nomes são endereços, incompletos.
Sobrenomes são perplexos ancestrais
Que sem sinais, fizeram um caminho
Entre destinos, repletos azuis e corais.


No começo, alguém já viu algo brilhar
Até nomear a luz no negro, estrela.
Também quando vi teu nome, meu lar
Sabia encontrar o que era, tudo.
Tantas palavras para se criar,
indizível é o teu olhar, meu rumo.


Teu dentro em mim, rascunho.
Fora de mim, deserto.
Território desalinhado.
Anti – final exato.


Peito de vidro, estilhaço.
Múltiplas falas e abraços.
Gravo, muito antes do corte.
As constelações são infinitas, milenares.
O brilho é nosso, ainda.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

De um fragmento de conversa



Estou mt confusa com td hoje... bom, estou confusa de mais....
Mais confusa do que qnd a minha professora de artes da 4ª série pediu q a gente desenhasse o nosso cérebro por dentro, do jeito q a gente achava q era e como a gente quisesse mostrar ele, e eu nãotinha cores suficientes para pintar as diversas partes do meucérebro, que eu via como um labirinto colorido.
E eu fiquei confusa com a falta de possibilidade de me expressar.
Como agora estou confusa com minha falta de possibilidade de entender, ou melhor, com os inúmeros entendimentos q estou tendo de tudo
O que reforça o quão labirintural é o meu cérebro.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

é!


A Que Sou

Sou a que chora pelos motivos que ninguém vê
Aquela que tem uns medos que disfarça
Aquela que acredita quando não devia acreditar
Alguém que fala em demasia e não se entende
A que dança sabendo dançar e canta sem saber cantar
Que devia ir ao analista mas se deu alta
Imagina muito e sofre por antecedência
Conclui sem ouvir
E se esmera pra ser eloqüente
È afobada, ansiosa, corre e não sabe esperar
Acha que sabe muito da vida e não pensa na morte
Não sabe como vai morrer e nem quer saber
Aliás, espera não morrer
E nem acredita em milagres
Gosta de pastel e não ama chocolate
Cabelos escorridos desejando ser cacheada
Atrevida, briguenta,manteiga derretida, comovida sempre
Rosto sem assimetria, vesguice sutil, pés feios
Deseja um mundo paralelo no fundo do armário da biblioteca
Achava que podia ser Alice e hoje ta mais para Chapeleiro Maluco
Brinca com fogo e blefa no jogo
Foi uma criança feliz que brincava sozinha
Foi sempre forte e adulta porque não tinha escolha
Responsável, conselheira, equilibrada por necessidade
E dentro dela todas as cores do mundo
Vive intensamente, sem importar no que dê
E dá com os burros n’água
Quando olho, vejo um gramado verde, um céu azul
Uma imensidão e uma criança fazendo suas escolhas
Essa sou eu.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

E se?


E se...?


       Toda escolha vem com uma pulga atrás da orelha. Por maior certeza, o tempo sempre traz um “e se”. A vida é feita de e-ses. E se eu tivesse comprado aquela blusa, e se eu tivesse feito aquele curso, e se eu não tivesse voltado, e se eu não tivesse partido? Para cada se há um universo diferente que poderia ter acontecido. O mundo é uma construção dos e-ses de todos nós, que vão se somando e dando a cara do mundo como ele é. Para cada escolha que cada um faz, um dominó enfileirado de coisas passa a acontecer e outra fileira deixa de cair; nossas peças colidem com os jogos de outras pessoas e novos efeitos vão se fazendo e mais e-ses vão surgindo, para mim, para ti, para os outros, para o todo.

       E se...? É uma boa pergunta, e eu provavelmente sei a resposta. Infelizmente – ou felizmente, vai saber – tenho que explorar este se que decidi seguir. Derrubei o dominó pro lado contrário do que imaginava que iria derrubar,  e desta linha não conheço o final. Vamos ver quantas peças caem, e a que velocidade. Estarão elas bem próximas e tudo será acelerado, ou estarão elas a intervalos longos, tornando o caminho mais demorado? Podem ainda voltar ao ponto de partida e então derrubar a primeira peça do dominó que desisti de empurrar. Quem sabe as voltas que este mundo dá e as borboletas que baterão asas no outro lado do mundo? Só sei que foi necessário um peteleco para desencadear a aceleração de consciência como gosto de chamar. E essa amplitude me faz ver mais, ver além, e também me faz não querer saber tanto do porvir. Deixa eu viver uma semana de cada vez, um mês a cada mês, e depois eu penso no depois. Não que eu queira virar imediatista, mas um pouco de imediatismo não faz mal algum ao presente. Um dominó de cada vez, cada peça a seu momento.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

é!

não vejo mais o tempo, não o subestimo,
quando o denomino de futuro
embora mal posso esperar para desvendar
o que já estive esperando por milênios
ficar quase sem o ar, na hora de te encontrar
ver teu rosto, teus traços se formarem
entre as digitais dos meus dedos que tremem
ver você realizar, ver você ser,
ver você me olhar

de alguma forma a gente soube
(ou saberá)
que o tempo da espera
é o caminho de se encontrar

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

pagina quatro.


Rapte-me e me coloque no seu colo...
Sequestre-me e me embale até dormir...
Faça-me ficar olhando para seus olhos até  adormecer...
Cubra-me com seu carinho macio...
Embale-me nas suas histórias...
Faça-me sorrir entre lábios...
Procura-me entre abraços e beijos...
Mas o mais importante...
Deixe-me...
Deixe-me te fazer sorrir, feliz assim...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

pagina tres...


Despi-me de camadas supérfluas para ser quem realmente sou...me despi das mascaras pintadas para deixar mostrar meus traços, minhas expressões...fiquei nua da capa que encobria sentimentos e emoções...mergulhei na reconstituição do meu eu...procurando essa coisa esquiva debaixo de lençóis e cobertores...de vez em quando, iluminações, para mostrar os finos traços de quem sabe sorrir de dentro pra fora com um simples mover de lábios...é que só uma paixão poderia levar à renuncia desses fricotes e comodidades que estamos acostumados a carregar pela nossa vida...

pagina dois.


As vezes me pergunto, onde estavam todas essas emoções boas? Onde estavam todos esses sentimentos? Será que tão bem guardado, que demorou tanto tempo para desabrochar? Eternamente fugitiva de demonstrações de carinho, abraços, riso incontido, lágrimas finas e vagarosamente sinceras. Camaleava  emoções em atos de bondade. Você me dá e eu dou um jeito de te devolver.  Suave, porém fria. Delicada, mas escondida em um mundo somente meu. Afugentada de planos e futuro. Todo esse clichê sobre pessoas que não conseguem sentir. Ou quando sentisse dava um belo jeito de pular fora e estragar tudo, normalmente da maneira mais dolorosa possível, tanto para mim quanto para a outra parte. Era essa a forma de achar de não voltar, sem explicações e nem porquês. Sem (re)envolvimentos. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

página um.

As coisas não acontecem por acaso. Pessoas também não acontecem por acaso. Todo mundo que entra na nossa vida tem um propósito, as vezes bom, certas vezes nem tanto. No momento meu acaso é ótimo, e eu esperei por isso minha vida inteira. E pela primeira vez não tenho medo, sem medo de sofrer depois, sem medo de me machucar, sem medo de me entregar, sem o medo de ser feliz. Um acaso arrebatador, intenso, cheio de desejos, que me fazem sussurrar ao ouvido, gemer, pedir mais, não cansar de ver os olhos se fechando e abrindo ao amanhecer, carinho antes e depois de acordar, beijinhos na madrugada. Sem medo de sorrir, dar e receber elogios. Aquela coisa toda que achava tão clichê, os apelidos, os carinhos meloso, é tudo tão bonito agora, e mesmo bobo e mongo continuam lindos. E são pequenos detalhes que fazem esse acaso ser do jeito que é. Mas tem um, um detalhe, que se transformou em um grande momento, uma frase:
Se eu não te conhecesse, se eu nunca tivesse te visto, e me mostrassem você dormindo, eu me apaixonaria, diria: quero pra mim. 
O acaso mais lindo que já vivi.

sábado, 6 de agosto de 2011

segredovinteenove.

As vezes eu tenho medo de mim mesma
Medo de me perder no meu mundo particular
De encontrar aqueles pedaços perdidos
E não saber o que fazer com eles...
Penso que se eu entrar no labirinto do mundo interno em que tento habitar
Me perderei, e achar o caminho de volta é bem complicado...
Respiro, inspiro, tomo coragem o suficiente para não entrar...
Coragem para dar meia volta e ficar onde estou.
Não parada, nem em movimento...apenas caminhando lentamente, como deve ser...
A unica certeza que eu tenho é que não vou perder o momento em que estou vivendo
Porque ele é bom, de verdade, é forte, e importante, isso, isso não se perde.

domingo, 17 de julho de 2011

segredovinteeoito.

não que eu tenha medo
não que eu seja insegura,
mas dar minhas mãos as tuas
é só para unir meu corpo no teu
quando andamos pelas avenidas
quando nenhuma cortina encobre
quando a cama são as calçadas
se o teto é qualquer lua
se a morada é qualquer rua
o amor é feito as claras
das mãos se dando, nuas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

segredovinteesete.

Digna de uma fã sem tamanho de Caio Fernando Abreu sou apaixonada por cartas. Sempre achei lindo o gesto de sentar e escrever, colocar emoções em linhas, declarações em frases, valem até os bilhetinhos rabiscados, esses pagam um dia feliz. Só que hoje, hoje foi diferente. Hoje eu queria não gostar de cartas. queria odiar quem as inventou. Maldita hora que eu resolvi abrir o ultimo envelope. Fui abrindo os maiores, achando que lá estariam as dores, jura, eram apenas amontoados de papéis em branco..uns tinham rabiscos, outros nada, apenas folhas brancas. Hoje, peguei o ultimo envelope, abri, lá estavam as três malditas palavras quem ferram com a vida de todo mundo. E seguia a maldita música que ela insistia em tocar quando achava que eu estava longe:
Quantas drogas eu ainda vou provar?
E quantas vezes para a porta eu vou olhar?
Quantos carros nessa rua vão passar
Enquanto ela não chegar?
Quantos dias eu ainda vou esperar?
E quantas estrelas eu vou tentar contar?
E quantas luzes na cidade vão se apagar
Enquanto ela não chegar?

Quantas besteiras eu ainda vou pensar?
E quantos sonhos no tempo vão se esfarelar?
Quantas vezes eu vou me criticar
Enquanto ela não chegar?
Eu tenho andado tão sozinho
Que eu nem sei no que acreditar
E a paz que busco agora
Nem a dor vai me negar



E agora que a caixa de pandora foi aberta, não se tem o que fazer!

domingo, 10 de julho de 2011

segredovinteeseis.

Por algum tempo tentei mostrar qualquer sentimento , qualquer faísca de emoção,  mas não tinha sobrado mais nada para mostar. Tudo tinha escorrido pelo ralo do banheiro.  Por alguns  meses me senti bombardeada por todos os cantos, como se a cada passo uma bomba estivesse prestes a explodir. Construi meu "campo de concentração" e fugi do lugar das bombas. Limpei todo campo,  varri cada cantinho, joguei fora todas as tralhas, guardei pequenas coisas que me são úteis e me  fazem bem. Cavei  bem fundo para desenterrar o sentimento que estava muito bem guardado. E o momento em que ele renasceu; limpído, puro, intocado, com olhos de crinça, pureza de um coração que nunca amou; alguma coisa riscou o céu e fulgurou no  meio da rua como um raio. Simples assim, era a disposição de se deixar sentir.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

segredovinteecinco.

Parece sacanagem
você tão na minha
e eu na sua de primeira
brincadeira
te beijar naquela hora
depois ir embora
mesmo querendo ter ficado
e agora não tem jeito
não dá de parar de pensar
de desejar essa pontinha
de felicidade no peito
mesmo que fique só no olhar
olhar e não ter
olhar e querer
olhar e te colocar,
não parar de imaginar
você
na minha...

terça-feira, 5 de julho de 2011

segredovinteequatro.

não escrevo o que sinto porque não posso,
não sinto porque me vigiam,
espero porque sei que pode dar certo,
solto um belo de um sorriso amarelo porque ainda me sobra a memória,
não te procuro porque sinto medo.
e o pior de tu é que acho até que.. é de mim mesma.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

segredovinteetrês.

Eu não estou esperando, nem desesperando nada. Eu to vivendo, do meu jeito torto mas estou. Só quero ser feliz sem machucar ninguém. Me privei por alguns meses a fio, alguns meses que se tornaram anos, anos e meio, me privei dessa tal felicidade que todo mundo fala. Me esquivei da liberdade de sentir-me livre. Me perdi em um labirinto escuro, gelado e úmido, agarrada numa felicidade falsa, numa alegria sem pé nem cabeça. Eu estava lá, até meses atrás. Até o dia que decidi jogar tudo fora e ser livre, te arrancar do meu peito e sorrir. Matar gente morta dói. Meu luto acabou. Hoje.  E nada melhor do que ele, aquele que você sempre odiou Caio F. para descrever um pouco do que se passa aqui dentro:

“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
(Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 28 de junho de 2011

segredovinteeum.

HOJE:
Não me olhe, não me toque, sequer dirija-me a palavra. Estou muito decepcionada com  você.
Não tente arrumar desculpas, nem fingir que anda tudo bem. Também não diga que está frio, eu estou fervendo.
Não quero me perguntar porque acima de tudo isso ajudo-te e sorrio muito quando algo feliz está por acontecer. Não, eu não vou praticar da raiva, ou da inveja, ou qualquer dessas outras coisas que fazem mal a eu mesma por sua causa. Não, não vai doer, eu tenho a feia mania de esquecer as coisas que me doem, tanto quanto as que me fazem feliz! Não, eu não vou voltar a tomar meus medicamentos( restrinjo-me apenas ao da insônia), nem tentar ter mais sentimentos.

Desabafo de uma velha louca ao seu falso e imaginável gato!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

segredovinte.

Se eu te amar eu te aviso, ok?
Decididamente vou cortar a comida(dessa vez não cortarei as carnes, de nenhuma espécie), as bebidas(de qualquer gênero alcoólico ou duvidoso)  e qualquer manifestação sentimental(salvo apenas amizades) nesse próximo mês(segunda feira, 27 de julho de 2011). Estava decidida cortar o cigarro também, mas né, ninguém é de ferro e por favor, uma coisa de cada vez. Também decidi tentar não ficar com marcas roxas pelo corpo(dessas que você não lembra de onde vieram) nem cortes e muito menos cortar cabelos em bares( onde o garçom fornece a tesoura nada afiada). Preciso utilizar com maior frequência minha memoria seletiva com pessoas desagradáveis(essas superdotadas de uma coisa chamada "sem noção"). Estou me dedicando aos livros e filmes( ando em um momento Woody Allen, aceito salvação ou indicações porque estou quase surtando) e aquelas boas conversas que só amigos nos dão( sejam eles novos, velhos ou de meia idade).
Decididamente vou esquecer-te junto com as raras fotos que (logo, em minutos ou horas) apagarei, pois, preciso estabelecer esse limite entre emoção e razão( que sempre afloram-se quando misturados com bebidas de gênero duvidoso).
 Preciso ser menos intensa(assusta certas pessoas), pois, quando tive certeza do que sentia, tive que desistir.

Hora de colocar toda essa parafernália em prática. Espero colaboração de todos. Nada de esbórnia nesse próximo mês.

domingo, 26 de junho de 2011

segredodezenove.

Nada mais interessante do que uma pessoa inteligente. Alguém que possui cultura e informação e é capaz de manter uma conversa sobre qualquer assunto. Então, colega, devore livros ao invés daquela caixa de bombons ao lado de sua cabeceira! Mas por favor, vá além do "Caminho das Borboletas", ok? Procure saber como o mundo funciona, o que acontece ao seu redor. 
E para os bofes, fiquem sabendo que a libido da mulher é ativada  por uma boa estimulação da cabeça (não aquela que vocês estão pensando, aquela do cérebro, ok?).


quinta-feira, 23 de junho de 2011

segredodezoito.

Me pergunto repetidamente:
Porque a minha falta de interesse pelas coisas?
Por tudo o que se move, respira, olha ou meche o cabelo?
Até me desperta algo ao primeiro olhar, talvez pelo simples fato de ser estranho. Ou pelo meu lado fraco, a curiosidade, santa curiosidade que deveria me salvar por um pouco mais de tempo. Eu tento, juro que tento, mas me vejo de mãos atadas quando se fala em interesse reciproco ou interesse alheio, ou ficar interessada por alguém. Quando passo a conhecer, descobrir um pouco mais dos segredos do alvo, simplesmente pluft. Se vai, rápido e sorrateiro.
Talvez eu esteja doente, talvez sejam os remédios, talvez eu apenas esteja frigida. Não sei. Desisto, joguei os panos no mar, chutei a oferenda.
Mas essa falta de pulsar dentro do meu peito me irrita profundamente.

terça-feira, 21 de junho de 2011

segredodezessete.

Cuidado se não afoga.
Olha que morre asfixiado.
Cuidado, deixa um buraquinho para respirar.
Olha, o olho está fechando.
Cuidado, vai morrer sufocado.
De novo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

segredodezesseis.




Ser e estar, ambos verbos de ligação

Quem é está mas nem sempre quem está é.
Quer isto dizer, aquele que apenas "está" vive de aparências, de ilusões, vive induzidamente. Aquele que "é" vive consciente de si, dedutivamente, constrói seus pensamentos através da reflexão, procura viver em equilÍbrio consigo mesmo sabendo que só assim consegue estar em equilÍbrio com o meio à sua volta e aquele que "é" busca ser verdadeiro primeiro consigo e então com os outros sabendo que só assim é possível haver ordem no viver interior psicológico, com os outros humanos e com a vida em geral.

Você é a ordem, eu estou obedecendo
Você é a promessa, eu estou esquecendo
Você é o grito do mundo inteiro,
eu estou de joelhos numa prece

Quem de nós cresceu ou ficou maior?
Qual de nós partiu e ainda não se levou?


[Tudo misturado com as palaras de Marco Vilane]

segredoquinze!

Não tem nada haver com beleza ou estilo. Não tem nada haver com fazer o tipo de um e o tipo do outro. Acho que certa forma só quis desabafar sobre mim porque as pessoas costumam se assustar e ir embora. A minha vida é assim mesmo no avesso. Sou complicada, sou estranha, tenho gostos incomuns sim, mas carrego uma história comigo também. Não sou do tipo que descarta possibilidades de qualquer tipo de integração humana seja física, de ligação ou superficial.

terça-feira, 14 de junho de 2011

segredocatorze.

Realmente eu sambei num salto XV em cima da cruz, é a única coisa que me vem a cabeça. Apesar de que tenho uma leve inclinação de crer no famoso "olho gordo", "praga". Porque sinceramente, está difícil aqui. Em uma semana eu consigo destruir minha lombar, uma dor terrível que desce lentamente pela minha perna direita.
No final da semana acabam meus remédios e eu tenho um surto de hiperatividade do cão. Nem sei como eu me aguentei, imagina as pessoas ao meu redor? Quando penso que tudo está se acalmando, eis que numa madrugada de domingo para amanhecer segunda algo dói incessantemente no fundo do meu maxilar superior. Bom, uma raiz que não deveria estar ali, se apresenta com a maior cara de pau, sorrindo. E para completar começo uma terça-feira com o lado esquerdo da minha face inchado e roxo, meus lábios dobraram de tamanho e meu nariz sangra. Então, o que eu fiz?

Nada mais o que fazer, tento distrair a dor e penso:

Já disse o Ultraje a Rigor que você queria levar uma vida moderninha. Você queria ser mais seguro (a), não ser insensível. Pois é, você tentou.
Mas grande coisa, o seu coeficiente Janete Clair (aguarde explicações em breve) atingiu níveis alarmantes e você explodiu numa nova e babaca crise de ciúme.
Eis o maior dentre os micos no amor: o ciúme. Além de nocivo para o relacionamento, ele tem a capacidade de transformar um ser humano racional e sensato numa criaturinha tola e infantil, que esquece de um pequeno detalhe: o livre arbítrio. Sim, pois você já verificou as correntes que prendem seu amor a você? Pois é, elas não existem, portanto, não há motivo algum para a pessoa estar com você além de um só: vontade.
Além disso, alguém que sempre desconfia, também dá a sensação de que se tivesse a mesma oportunidade (alguém dando mole, hora extra no trabalho) não a perderia. Isso é o que chamamos nos meios acadêmicos de dar um tiro no próprio pé.
Existem várias formas de demonstrar amor, carinho e o quanto alguém é importante para você. O ciúme, tenha certeza, é a pior delas.

respirando

Bom, realmente não tem jeito: você tentou, negou quanto pôde o que estava escancarado, a verdade que todos os seus amigos sabiam, você gosta mesmo daquela pessoa.
Mas e o que você deve fazer?
Sinceramente? Se vira...

tempo

Relacionamento com reticências...
"Não é você, sou eu..."
...sou eu que não gosto mais de você. 
Sacou? Sacou?

sedredotreze.

O problema em ser intensa é que intensidade assusta, afugenta, oprime. E quem é intenso corre o risco de ficar sozinho. As pessoas preferem comer pelas beiradas, ficar apenas no superficial. Conhecer dá medo, ou você passa a odiar a pessoa, ou ela te cativa de tal modo que você se torna totalmente dependente. Mas nesse mundo de fast food ninguém tem tempo para se deixar cativar, quando você tá começando a conhecer uma pessoa, ela perde a graça, passa do tempo de validade, e você parte pra outra, pra "outras". Ser intenso não é uma escolha, ou você é, ou não é. 8 ou 80, não tem meio termo, não tem mais ou menos, não tem talvez. Ou é quente, ou é frio. Ou mergulha de cabeça ou pisa em ovos. Ou vive ou apenas existe.
Eu prefiro sempre correr o risco, sofrimento não mata não, e no final eu posso dizer 'eu tentei', 'não foi minha culpa'. O amor não é um jogo, o amor acontece, é só você deixar que ele aconteça. Sem cartas marcadas, sem trapaceios, sem blefes. Não se esconda, não fuja, não minta, não omita, não esqueça, não deixe de lado, não seja indiferente. Viva, assuma, acredite, tenha coragem, queira, sonhe, deseje, se emocione, se entregue, se jogue, e o principal, AME!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

segredodoze.

Livres desejos do inculto
Sexo, tesão, fetiches
Puro prazer. Mistério meu
Encantos na noite
Sedução com sabor de paixão
mentira, roubo, criação
O medo do incerto
com o único desejo do certo
que se mesclam com um único desejo do certo
com a excitação que há em meu corpo
Só tu saberás, SÓ tu conhecerás
a verdadeira face
As coisas não parecem ser o que são
As coisas são o que eu quero que sejam
Eu sou o que eu sou, não o que eu fiz
Não importa o que eu faço
Sou o que desejo ser
Sou o que eu quero ser.

segredoonze.

Quando paro pra pensar como te conheci começo a rir. Não sei se de nervosismo ou porque realmente foi engraçado. Estava eu lá, parada com uma cerveja na mão e pensando: Maldita hora que entrei no ônibus e vim parar nesse lugar infernal. As poucas pessoas que eu conhecia estavam gritando na frente de uma banda que não chamava minha atenção. E uma outra que não largava meu ouvido por nada. Eu que me movimento muito, estava surtando, ali parada, fingindo ouvir algo. Mas foi aí, aí que a banda resolveu tocar a pior música possível, sem pensar dei de costas e estava pronta para ir embora, quando olho para o bar e lá está sentado o sorriso mais lindo que eu já tinha visto. Sem perceber eu estava parado no balcão do bar pedindo uma dose de tequila, quando escuto: Posso te acompanhar? Só respondi com a cabeça que sim. Mas eu fiquei parada, olhando aquele sorriso, aquele olho brilhando, e uma felicidade do tamanho do universo. Sabe aquele sorriso que contagia qualquer pessoa ao seu redor? E ainda tinha aquela energia estimativamente boa, uma energia que aos poucos me enredava e me puxava pra dentro daquela felicidade toda.  Me perguntava o porque de alguém estar tão feliz em uma festa tão ruim? Quando percebi, estava dançando no meio da pista. Seu cabelo não parava de se movimentar e junto com ele aquele cheiro único, aquele cheiro que você sente de longe. Nessa hora eu já estava em seus braços, sorrindo e dançando. E o cheiro vinha de todos os lugares do seu corpo. Meus amigos chegaram, pararam, olharam e eu ouvi de um lugar qualquer um: Eu sabia que isso ia acontecer!!! Comecei a rir. E ouvi uma voz grave, meio rouca falando: Vamos sair desse lugar impossível que o que eu queria já está comigo. E depois dessa frase dita a minha vida nunca mais foi a mesma. E me perco todos os dias entre o céu e o inferno graças a uma banda horrível e um sorriso maravilhoso! De uma coisa eu sei, quando eu ouvir uma banda muito ruim tocando, vou sair rápido, sem olhar pra lugar nenhum!

domingo, 12 de junho de 2011

segredodez.

Sonhei que eu não precisava mais me preocupar
Com o dia que tinha que levar
Horários, pessoas e lugares, compromissos à cumprir
E eu ficava exatamente aqui no meu quarto à dormir
Sonhei que eu tinha jogado fora o meu celular
E ninguém podia me encontrar
Que fiz uma viagem longa com a minha solidão
E finalmente eu escutava a voz, a voz da minha intuição
Me deu vontade de fugir bem pra longe daqui
E comecei a entender como eu quero viver
E eu passei a sorrir só quando eu tenho vontade
E comecei a sentir a impressão de ser livre
De agora em diante ando assim meio na contramão
Mas não perdi a direção, apenas resolvi relaxar
E não desmerecer o pouco tempo que eu tenho pra saber
O que a vida tem a me dizer...

segredonove.

Algo mudou, mudou mesmo. Até ontem eu achava que não, podia ser que não. Mas mudou sim! E eu nem sei dizer ao certo o que aconteceu. Só sei que bastou aquela vez pra se sentir que o tempo era só um, não faz sentido algum o que está acontecendo. E a grande pergunta é: o que está acontecendo?

O seu olhar não sai de mim...

Será que foi um sonho? Uma mera criação da minha mente perturbada? Mais um amigo imaginário? Tudo bem que eu sempre andei na contra mão, mas a vida é mesmo o cúmulo do contrafluxo?

Onde foi que eu perdi a sequência dos fatos? Onde foi que eu me perdi nessa história sem pé, nem cabeça?

O seu olhar não sai de mim...

Eu só queria uma resposta. Não é um pedido absurdo. É? Tá bom, você venceu! Não vou mais perguntar...

segredooito.

nós somos metades.

eu sou metade mulher e metade atriz. é a atriz que fica em silêncio e desvenda os segredos do outro pelo olhar.

ele é metade homem e metade um personagem apaixonado. é o personagem apaixonado que diz coisas intensas.

o personagem se apaixonou por uma atriz. metade da história é linda.

a outra metade não existe.


como faz?

segredosete.


Já te contei que eu desisti do amor? desisti! joguei a toalha, pedi pra sair. pelo menos por enquanto. tenho problemas maiores pra resolver agora.

Foram preciso alguns meninos com gosto de xuxu, umas aventuras casuais, o ex namorado se achando depois de mais de  anos, e um ator em crise existencial pra eu perceber que o amor é uma coisa muito louca. e eu já sou louca o suficiente.

Aí tem a independência financeira, os objetivos profissionais, a vida social. o amor precisa de espaço e eu não tenho um cm² pra oferecer nesse momento.

Claro que eu tenho minhas necessidades. ainda não pensei como melhorar o gosto de xuxu. a única coisa decidida e aplicada é: eu não repito encontros. é bem vazio, mas fazer o que?

To mais pra sentar no boteco e trocar ideia com meus amigos.

segredoseis.

Sinto uma falta absurda de você. Ficou um vazio que ninguém (pre)enche. E penso e repenso e trepenso em você por aí.



ela diz em voz alta:

- você fica vinte dias sem ter tempo para me ver. então você me liga. e eu, que estou trabalhando todos os dias e todas as noites, cansada, sem dormir; arrumo uma madrugada pra você. no meio do caos eu te cedo um lugar. eu quero estar aqui. por que? eu estou esgotada, mas eu sei que estar aqui com você vai me dar a tranquilidade necessária para fazer todas as coisas que tenho para amanhã, e depois, e depois.

cinco minutos de respiração e continua:

- o problema é que os dias vão passando e essa tranquilidade vai se esgotando, precisa recarregar. e é nesse momento que vem a frustração como mulher. "eu sinto, ele não". aí você diz que não, que sente sim, mas que... se alguém ouvisse eu te dizer essas coisas, pensaria "e por que ela ainda insiste?". insisto! insisto! por que? provavelmente um milagre. e me perdôo, me perdôo, mas a culpa é minha, eu sei. porque não importa quanto tempo você demore, eu sempre estou te esperando.

e finaliza:

- agora coloque-se no meu lugar!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

segredocinco.

Às vezes parece que tudo que fizemos e vivemos, cada pedacinho de papel guardado, cada lembrança, cada imagem salva, convergem todos para um mesmo momento, e o momento é agora.


Quem nunca teve esta sensação incrível e assustadora de que tudo que acontece a sua volta, todas as suas boas memórias, aquela música que tocou no rádio e a matéria que foi publicada no jornal, um livro emprestado por um amigo e uma sugestão de comida que alguém deu, um comentário e um beijo, tudo, absolutamente tudo convergiu para um determinado ponto, aquele em que você está, e que tudo que pareceu acaso, tudo que era um simplesmente passar não passou, e voltou e mostrou "hei, estamos aqui; você lembra de nós agora, e ajudamos a construir essa sensação".

Eu sinto um frio na espinha toda vez que vejo as voltas do mundo se tornando espirais concêntricas em meu redor. Não é normal os acontecimentos do mundo girarem em torno de nós mesmos, e quando o fazem nos pegam de surpresa. E nos sentimos especiais. Um tanto quanto loucos, um tanto quanto incrédulos, tentando nos agarrar à ideia de que tudo foi mera coincidência.

Mas quando aquilo acontece, quando a hora chega e a gente pensa "é agora!", a gente sabe, mesmo sem admitir, que caminhou para chegar até ali.

sábado, 4 de junho de 2011

segredoquatro.

Eu realmente acho graça como as pessoas podem usar as mesmas palavras para sentimentos diferentes, com pessoas diferentes.
A louca sou eu? Certamente.
Louca por querer sempre novo, sentimentos novos, palavras novas.
O que me conquista são palavras jogadas ao vento, palavras que não encontrarei em outros lábios.
Gostos que ninguém me dará igual.
Louca por saber que jamais encontrarei a mesma pessoa em outros olhares.
Agora, ouço palavras engraçadas, que jamais tinham sido-me ditas^^

sexta-feira, 3 de junho de 2011

segredotrês.

Sou uma completa libriana idiota que acha que pode deixar sua vida equilibrada.
Tolinha!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

segredodois.

Eu gosto de nostalgia.
Gosto de tentar sentir algo que não posso mais. E por isso tomo atitudes de tentar cutucar o passado.
Grande  besteira. Quando vejo o passado chegando enjôo e já saio correndo!
Só não entendo porque necessito tanto cutucar coisas que não fizeram muito sentido.
Eu tento, eu tento sentir e falar o que realmente sinto.
Isso não é possível faz anos!
Tenho medo de mostrar meus sentimentos, então, ataco!

terça-feira, 31 de maio de 2011

segredoum.

Não consigo ficar muito tempo com um objeto, logo dou um jeito de desfazer-me dele. Ao mesmo tempo, morro de ciúmes desses objetos, quando doados ou vendidos.
Parece que em cada objeto, guardo um pedacinho das minhas lembranças e quando não as quero mais, mando embora, troco. Mas sempre fica um restinho, uma coisinha. Não consigo me desfazer por completo. E como tenho sentimentos retardados, muito depois me desmancho em lágrimas.
Choro rios, fico em silêncio alguns dias, leio tudo o que posso e logo em seguida reponho outros objetos.
E um sorriso enorme inunda meu rosto!
P.S. Momento reclusão: apenas livros, seriados e música!

me deixo levar...

...pelo seu sorriso engraçado
pelo jeito bobo que fala comigo
e como seus olhos sempre ficam pequenos quando me vê!
Seus olhos me lembram o mar, que a muito tempo não vejo...


E sabe?
É engraçado!

domingo, 29 de maio de 2011

tttttttt!!!!

"O bom da vida é que quase tudo muda. E mudou. De um dia pro outro. Como se alguém lá de cima ouvisse o eterno "não aguento mais" e te desse de presente: olha, toma aí.... E o presente tinha nome. Tinha endereço. Tinha um cabelo bagunçado que putaquepariu! Que sorriso era aquele?.. Alguém me explica como uma mulher pode ficar muda só de ver um cara sorrir..."

confusa


“Tenho vergonha de contar-lhe que eu andava nas nuvens. E lamento mais ainda ter de lhe dizer que me sentia como se o tivesse conhecido durante toda a minha vida. E vou agravar as coisas, contando ainda que achava que ninguém me entendia do mesmo jeito que ele. E, como perdi toda a credibilidade com você, também posso dizer que não sabia que era possível ser tão feliz. Mas não vou forçar a barra contando-lhe que ele me fazia sentir segura, sexy, inteligente e meiga. (E, lamento, mas realmente devo dizer-lhe que achava que havia encontrado minha outra metade e agora eu era inteira, e prometo que vou parar por aqui.) (Exceto, talvez, para mencionar que ele sabia rir e era ótimo de cama. Agora falo sério, fico por aqui, já disse tudo mesmo.)’” Livro: Melancia.


  • Então, Charlie Brown, o que é amor pra você?
  • Em 1987 meu pai tinha um carro azul.
  • Mas o que isso tem a ver com amor?
  • Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir…acho que isso é amor.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Aquela coisa toda!

Meu remédio para insônia já não funciona mais. E eu queria descobrir como expressar o que sinto. Sabe aquela coisa que vem lá de dentro? Bem forte. Algo que você nunca sentiu antes. Algo que você nem sabe como explicar. Por medo, anseio, vergonha talvez! Não sei, só sei que está aqui me tirando o sono. Não é de todo ruim. É bom. É uma felicidade estranha. Mas boa.
Não consegui dormir direito essa noite! Sonhei que estava sonhando que estava com você! E eu acordava do meu sonho cantando pra você! (idiota eu). Acordei com o despertador do celular. Meio tonta, meio cansada de tanto cantar. hehehe. Acordei sorrindo e feliz!
Parece que procuro o impossível de acontecer, talvez, se eu me permitir, isso realmente aconteça!
Me pergunto por inúmeras vezes:
O que é paixão?
O que é emoção?
Se for algo que me faz perder o chão, acho que estou no caminho certo.
Espero que quando eu realmente perder o chão eu não caia e quebre a cara, OK?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Devaneios...

Corro para todos os lados.
Corro para todos os abraços.
Procurando você.
Tentando ver você.
Te procuro nos rostos.
Te procuro nos beijos e gostos.
Me agarro em cabelos.
Me perco em apelos.
E me pergunto, onde está você?
É tão difícil assim?
Entender que nunca mais te verei?
E passam os dias.
Correm as horas, para trás.
O muro que você criou
Entre eu e o mundo
Permanece aqui.
E eu sequer me esforço pra ver além dele.
Queria tanto um banco pra ao menos tentar ver por cima dele.
Eu sei o quanto isso é idiota.
Mas você me cercou.
Quando disse aos berros que não tocava violão,
Quando você me acordou com uma xícara de café e aos acordes de Garotos.
Nesse exato momento, o muro subiu e eu não fiz nada para impedir.
Fiquei olhando o muro subir.
Fiquei olhando o muro me cercar.
E sabe, as coisas andam difíceis por aqui, sem você.
Você, tão contrário do acaso.
Sempre um amor a distância.
Sempre uma arma pra atirar quando perto.
Você, sempre você, com a mania de cortar meus cabelos e me afastar do meu Caio.
Dizia que eu era frágil e doce de mais para ele.
Ria quando fazia citações de suas frases.
Me fazia chorar com suas verdades cruéis inventadas.
Por quantas vezes inúteis nos socamos.
E quando me segurou pela camisa na sacada da tua casa pedindo se eu não tinha medo de você!!!
Me lembro da vez que ameaçou jogar o carro contra um caminhão só pra ver minha reação.
Eu nunca tive medo.
Eu me sentia segura com a sua instabilidade.
Onde e com quer que eu estivesse eu me sentia segura.
Agora só me sinto nua e desesperada a qualquer ataque.
Quem vai me socar quando eu estiver me desequilibrando da vida?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

barquinho

Ela ficou presa em uma ilha deserta, sozinha, sem ninguém mais.
Vivia desesperada.
Durante anos fez fogueiras, escreveu na areia, gritou socorro do alto da montanha.
Tentou suicídio, fugir de si mesma, se esconder.
Nada adiantava.
O buraco do peito era maior.
Ficou anos olhando o horizonte, procurando avistar um barquinho qualquer.
Nada.
Tempos depois ela viu, lá no fundo um barquinho vindo.
Desesperou-se, gritou, ateou fogo.
Fez um escarcéu, que não viu a quantidade de barquinhos vindo.
O barco chegou a beira mar.
Ela pulou no barco feito louca, nem pensar direito não pensou.
Deixou as suas poucas coisas na ilha e se mandou sem nenhum ressentimento.
A viajem foi longa. Dias, meses. Em alto mar.
E quando chegou onde queria, se sentiu estranha.
Procurou por todos os lados e nada viu.
Choramingou sozinha.
Ficou em silêncio.
Olhou o barquinho.
E desesperadamente quis voltar e desejar nunca ter entrado no maldito barco.

Faz falta!









É de uma forma ilícita que os pensamentos se misturam com as lembranças e exigem cada vez mais de mim.
Exigem que eu separe: passado, presente e futuro, memoria, saudades e fantasia.
Quando eu penso que ela realmente não sabia o valor que ela tinha pra mim, me obrigo ligeiramente a pensar: Não importa o que eu sentisse.

O amor próprio ou pelos outros, até mesmo pelo cachorro dela era tão inferior assim ao amor que ela queria?
Talvez por estar mais longe do que perto não me sinto digna de sentir saudade.
O mais sempre é feito para os outros, o menos sempre foi  deixado pra mim.
Mas eu faço muitas coisas movida pelo medo.
Tenho medo de perder alguém da minha família, quando meu primo foi baleado eu fiquei um choque.
Tenho medo que tragédias apareçam na minha vida de repente, como foi o caso.
Tenho medo de passar por isso de novo, tenho medo, muito medo.

Eu tento seguir com a minha vida, tentando separar o que aconteceu, só tento.
Porque não tem como, se eu separar eu não vou levar o aprendizado, e se eu não aprender, não cresço, não evoluo e não darei valor ao pouco que eu aprendi com ela.

Maldito tempo, horas corre, horas vai de ré!
Tentando muito separar eu, do acontecido.. eu to bem.
Mas não existe como separar, está em mim, eu vivi isso e de uma certa forma morri por isso também.
Isso...

Não sei quem está melhor.
Quem não fala ou quem fala demais.
Mas enfim..
No dia que eu me encontrar com ela, ela vai levar um puxão de orelha bem forte, seguido de um abraço muito apertado.
E depois...ninguém sabe.



Dói perder uma amiga, mesmo que distante!