terça-feira, 26 de junho de 2012

Agora posso fazer jus ao nome do meu blog, finalmente uma gatinha em minha vida...Tive que passar por tanta coisa brusca, dolorida, insana, metida a besta, desfalecida, para finalmente encontrar, meu canto e meu      gato? Pura ironia do destino. E a frase de ontem a noite ecoa na minha cabeça... Vai ser a cura das tuas culpas. Vai ser a cura das tuas culpas! Das tuas culpas! Vai ser a cura do que eu sempre me culpei? Seria de fato a passagem da minha liberdade? O momento de fazer o que tiver vontade sem me culpar? Ou o momento de tirar a dúvida de que anos carrego?
Venho descobrindo que a melhor pessoa para estar comigo sou eu mesma...Já vivo uma relação a dois, eu e eu.
Ontem sai do chuveiro e deitei - me  na cama,  nua e molhada, joguei a cabeça para fora do colchão e olhei o céu uma neblina rosa o cobria por inteiro, uma neblina charmosa, que me dizia: Dessa vez sem culpa!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

"As águas que me querem levar tão longe
Tão longe que me façam esquecer
De ti...


Eu quero partir de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento pela pele
Um pensamento me fará
Uma louca tempestade...

Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes
Que teus olhos
Não me têm deixado ver
Agora eu vou viver...
"


Ana Carolina

sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você ...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais preso ao que eu criei e não a mim .
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa ....
Você não tem um nome , eu tenho...
Você é um rosto na multidão... E eu sou o centro das atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou é a mentira da aparência do que você é .
Por que eu...eu não sou o meu nome, e você não é ninguém ...
O jogo perigoso que eu pratico aqui , ele busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação , da distância , e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa ...
Eu quero que você me veja nua , eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada , te denuncia , e te espelha...
Eu me delato , tu me relatas...
Eu nos acuso , e confesso por nós.
Assim , me livro das palavras,
Com as quais você me veste . " [Fauzi Arap]

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Queria poder te encontrar, uns segundos apenas
Ver se o tempo teria conseguido nos vencer,
Eu sinto que nem toda água do mar
Poderia apagar, levar, nossos dias
Nossas alegrias espontâneas
Nossa felicidade que só precisa
De um riso e de um mundo fictício

Sinto sua falta.

Talvez sinta tanta falta que passo
A vida deixando espaços vazios
Na esperança de que você pudesse preenchê-los
Você sabe, eu sou tão boba às vezes
E crio esperanças que serão em vão
Tenho quase certeza, não te verei mais
Não vou nunca mais sentir aquela sensação
De te ver pela primeira vez, a segunda, a vigésima
Não mais, não mais amar com as impossibilidades
Não mais descobrir teus lugares preferidos




Não quero nada,
Não escrevo essas palavras pedindo amor,
Não me declaro criando qualquer expectativa,
Pois sei que esse tempo não é mais nosso.
Só escrevo para não esquecer quem você foi
Naqueles dias de dezembro,
Escrevo porque preciso regar o lírio
Que você me fez acreditar ser.
Escrevo não porque te amo,
Mas porque ainda gostaria de amar.

domingo, 17 de junho de 2012

não quero fechar os olhos
meu lugar já não é tão íntimo
cansei dos meus monólogos
e do monótono jeito de olhar
a vida que percebo passar
não quero mais me deixar ou
me esquecer no meu abondono
...apagar-me de propósito

de repente, quero despertar
me presentear com o novo
me deixar arrepiar
perder o fôlego
de tanta sede
de ar







Urrum me sinto assim hoje!
Queria uma um espetáculo no SESC!

sábado, 16 de junho de 2012

Ela estava linda segurando um cigarro na mão e balançando os pés conta o chão...Estranhamente lindo mexia no seu cachecol, balançava os cabelos e não parava de falar. Em passos mínimos andava de um lado para o outro olhando para cima e para baixo...Contemplei a levez do seu ultimo tragar do cigarro, tive que me retirar do local.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Então é aquele dia clichê. Dia clichê para quem está sozinho né. Porque por mais que a gente se faça de durão, de sem sentimentos, todo mundo gostaria sim hoje de estar batendo pernas na rua atras daquele embrulho especial. Achando que nada é suficientemente bom para agradar a amada(o).
 Flores, doces, espumante, jantar, velas, música e depois...depois é depois. 
Tem alguém no mundo que não quer isso? 
Ja tive dia dos namorados ótimos, outros nem tantos. Esse, esse não sei dizer. Poderia sim ser um dia ruim. Mas, talvez, eu esteja achando que não. Esta me fazendo refletir sobre o que realemte é a palavra NAMORADOS ou NAMORADAS? 
Confidências carinho cumplicidade medo surpresas mentiras verdades olho no olho mãos pele planos cheiro beijos brigas choros dentes sorrisos noites dias meio dia vinho cerveja barata jantas bares rua cama chão banheiro planos decisões troca sossego sono bom dia...e mais uma porção de coisas que não cabem em palavras. 
Talvez seja isso ou não...mas é a minha conclusão de NAMORAD... é tudo e mais um pouco, não ter medo, nem vergonha, é se entregar mesmo sabendo que você vai acabar sentada com varios pedaços da sua cara na mão tentando colar. 
Mas se no final do "romance" não sobrou nada, nem de bom nem de ruim. Não foi namoro. Primeiro sobram apenas as coisas ruins( não vale a pena citar) e depois você encontra as boas, vendo que realmente valeu. E sente saudades, mas é aquela saudade boa...da conversa, da troca de ideias, não mais a saudade do colo. É triste ver que certas coisas se perdem no meio do caminho, mas creio que seja necessário...
E como hoje é DIA DOS NAMORADOS(A), abrirei um vinho em homenagem, pois acabei ficando com a melhor parte do fim do relacionamento: EU!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também!"

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lembro perfeitamente da noite da peça CACHORROS(linda). Sai para conversar com o dramaturgo(mágico de palavras). Me deu muitas ideias, trocamos textos durante algum bom tempo(bons, ruins e pessimos). Depois, parei de escrever-lhe(desleicho). E hoje surpreendentemente abro meu e-mail e na caixa de entrada uma mensagem dele(susto). Abri, achando que fosse qualquer coisa(spam). Mas não, lá estava um texto lindo, falando dos meus escritos, falando de como ele via as oscilações nas entrelinhas(borboletas no estomago). E de como eu me anulava em certos momentos(felicidade ilusória). De como eu deixava palavras perdidas(comidas). E ele se perguntava se essas oscilações aconteciam na minha vida também(????). Antes de prosseguir com a leitura do email, parei pensei analisei e encontrei o fio do que ele estava falando(Pasma). Me surpreendi onde o fio foi encontrado(Assustada). E de como eu fico "cega" as vezes(Tapando o sol com peneira). Como me estravio em meio a emoções que eu sei onde vão acabar, porque é sempre do mesmo jeito, mesmo que eu reme em outro lugar, a parada é sempre a mesma(Karma?). Continuo a leitura e levo bofetatas literarias(Suaves e dolorosas). Perguntas do porque eu abandono a unica certeza que tenho por "coisas" ilusórias(rá). Pergunta-me o porque da necessidade de sofrer(rahrah). Se é para escrever mais ou para me sentir viva(Ilusionista). Ele foi a unica pessoa a quem confecei a deficiencia que tenho(letras). Ontem mesmo, quando acordei prometi que retomaria meus principios, um deles é:  nada mais vai interferir no meu amor maior: A ESCRITA. Os outros ainda são meus... Chega de burlar a minha vida.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Estou caminhando para uma nova faze da minha vida. Estou sozinha, forte e livre. E como sempre, quando sinto tantas coisas, apavorada. Mas o medo mudou. Trago uma nova vida pra mim mesmo que isso não pode ser explicado de forma simplificada em um parágrafo perdido no meio de um texto com tantas coisas saltitantes para serem ditas. Estou muito sem vírgulas. Tenho uma mala maior do que o meu futuro apartamento  para despachar. Ainda tenho uma neurose quase maior do que meu pequeno e magro corpo para sustentar. Tenho sensações desconexas e intensas num coração sufocado pelo novo tapete que acabei de adquirir. Não tomo mais remédio e o oxigênio enquadrando minha intensidade em partes mais decifráveis e lentas. E essa é a vidinha controlada e temerosa e quadradinha que me conforta e ao mesmo tempo me faz estar sempre prestes a rasgar minha pele, amassar, jogar no lixo e começar de novo. Percebo que sempre tenho um começar de novo. Nunca paro no tempo. Com ou sem final feliz, sempre tenho um recomeçar. Eu não fui feita pra ela. Pra essa vidinha, pra esses medos, pra essa caipirice. Sou sempre acordada, roubada, convidada, carregada a ter emoções. E então, minutos antes de fechar os olhos, eu a vejo. Que ainda me causa aquele meio segundo de prolapso no coração. Aquele meio segundo de prolapso na batida cardíaca da uretra. E lembro o quão louca e chata e ciumenta e birrenta e neurótica e ansiosa posso ser. Mas lembro também que, apesar de ser tão errada, ainda sou a pessoa mais legal do mundo. E então eu vou finalmente deitar na minha cama, encostar a cabeça no travesseiro e dormir. Não mais porque minha vontade de sumir é maior do que minha vontade de sentir, mas apenas porque a aventura já foi vivida.

sábado, 2 de junho de 2012

E mais uma vez eu engulo a saliva pra não escorrer pelos olhos. Mais uma vez meu coração se desfaz em pedaços. É como se uma mão com longos dedos gelados entrasse pelo meus estomago ate chegar no coração...o pior é que essa mão não arranca...ela apenas pousa seus dedos longos e ali fica....segurando....meu peito congela e eu fico sem ar...e a dor aumenta cada vez mais.

Mas a grande escuta é a do nosso silêncio quando esculpido pelo silêncio do outro...o silêncio que não era seu...

Por um dia, eu queria não sentir...por um dia...

Enquanto esse dia não vem, roo as unhas e olho as paredes.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

A insônia é como as paixões solitárias.

Há um corpo cheio, cheiíssimo de uma coisa pronta a acontecer

...que não acontece.

Na insônia, há um corpo bobo, cheio de sono, pronto pra dormir, que não dorme. Você pode até dar pequenas cochiladinhas mas, a ‘coisa em si’ fica esperando acontecer-se. Você até pode sair da cama mas, você não tem nenhuma vontade disso, o que você quer é ficar ali... e dormir, mas... não dorme. E fica.

Nas paixões solitárias há um corpo bobo, cheio de volúpia, pronto para dar-se, que não se dá. Você até pode ter orgasmos-solo mas o querido mesmo seria ser querido pela pessoa querida. Ou seja: ‘a coisa em si’ fica esperando acontecer-se. Você até pode gastar essa coisa com outros seres mas, o que você quer é um único... mas... ela não quer. E pronto.

Ai, ai... quanto ensimesmamento leva-se por aí nesses nossos corpos (insones e amorosos).

 

 

Cortar o cordão umbilical é dificil, dói  e você sequer sabe pra onde correr, e nem sabe se o colo vai te cofortar. É dificil sair para um mundo desconhecido. É frio, escuro, dolorido de mais...mas quando se é forçado a cortar esse cordão a dor é muito maior.