segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Meu quarto não está arrumado simetricamente e nem minha roupas ordenadas por cor. Meu material da faculdade não está dividido em pastas com cores que especificam cada matéria e não tenho mais dois estojos que separam os lápis das canetas. Tenho caixas de papelão semi-cheias no meu quarto e algumas coisas já estão no meu novo endereço.

 Ainda não consegui despachar a velha mala e já tenho uma nova pra fazer. Ando tão cansada e sem fome que só penso em dormir e dormir. Fiquei Phd em ignorar certas coisas. Já não saio nas ruas por medo de encontrar coisas que não me façam bem. Ando de saco cheio de muita gente. Ignoro porque a preguiça de falar realmente o que sei e o que sinto é maior do que a vontade de jogar na cara das pessoas o quanto elas são cínicas, falsas e cheias de falta de caráter. Mas claro que a doente sou eu. Talvez seja mesmo, passei a noite de ontem vomitando.


Tenho muitos planos pro meu novo lugar, paredes pra derrubar e lugares pra decorar. Pessoas que quero reencontrar e algumas conhecer. Reformas na casa e um negócio novo pra colocar pra funcionar. Meu pai pra cuidar e minha mãe pra descansar. Ruas seguras pra andar e lugares lindos pra fotografar. Respirar, respirar. Correr, caminhar!  


Mas antes de ir, tenho pessoas lindas que amo pra me despedir!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Tenho andado estranha e pensativa, mal consigo dormir a noite. Os pesadelos e a insônia voltaram. A vontade de chorar agora bate na porta da minha garganta louca pra sair. Voltei a roer minhas unhas. E enrolar o cabelo pra dormir. Voltei a ficar em posição de feto e me cobrir toda pra tentar ver se pego no sono com maior rapidez. Não é tristeza e está longe de ser. É apenas indecisão.

Sabe quando você tem um sonho, aquele que você quer tanto? Ai ele está prestes a se realizar, só que, se divide em duas partes quase impossível de juntá-las. O lugar que sempre sonhei, com uma pessoa que tem os mesmos sonhos que os meus, a mesma ambição, ideias, valores. E a oportunidade de abrir meu próprio negocio. Cada um em um lugar diferente.

Jogo cara ou coroa e vejo no que dá? Uni duni de salamê minguê? Mamãe mandou eu escolh... ela não me mandou escolher coisa nenhuma, ela apenas disse: VOLTA! Ai é que aperta. Porque fico pensando no meu pai, um homem que sempre foi forte, lutador, trabalhou a vida inteira, definhado, sumindo com o corpo e as palavras a cada dia. Imagino como deve ser dolorido para a minha mãe acompanhar isso todos os dias. E penso: Que que eu to fazendo que não estou lá dando força para a mulher e o homem que sempre me ajudaram em tudo? Que foram incondicionais em todos os momentos da minha vida? Que que eu to remando contra a maré ?  O que eu tenho a ganhar aqui? Nada. E a perder? Muito menos.

Lá seria meu. Eu iria poder arrumar bem do meu jeitinho. Fecho o olho e imagino.As prateleiras, a entrada, a cor das paredes, os objetos tomando seu lugares, as ideias se criando, as pessoas entrando.

Meu pai, minha mãe, meu canto!

Já pensei que seria retrocesso, mas acho que não.
Seria apenas cuidar de quem eu amo e que tenho a certeza que me ama!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cheiros de maresia.

Quando amo eu amo mesmo. Se estou triste não faço questão de fingir felicidade. Meus momentos quietos se resumem a ficar no meu quarto lendo, estudando, assistindo ou apenas olhando pela sacada. Se não gosto não faço questão de demonstrar simpatia, apenas dou de ombros. 

Aprendi com o tempo de que nada ajuda as falsas emoções sejam elas boas ou não. Temos que ser o que estamos sentindo. 


As roupas estão devidamente organizadas no roupeiro cheiroso. As camisetas e calças surradas quase não as uso mais, seria uma nova fase? Estou com 27 anos mas me sentindo com 21 mudando de cidade, pessoas, emprego e vida. Moro em um apartamento lindo na Morom, dizem que é bonito morar aqui, mas coisas internas nele estão me desgastando. Não consigo perder minha mania de ter as coisas arrumadas, limpinhas e cheirosas e isso não está funcionando, mesmo que eu saiba que a culpa não é minha. 

Tenho um banheiro só meu e eu o adoro, cheiroso e simetricamente arrumado. Têm farmácias e mercados por perto e um hospital. Não sei porque sempre me preocupei com morar perto de hospitais. 

Tenho saudade da minha casa. Aquela casa onde tem mãe, pai e roupas cheirosas. Onde as coisas estão sempre limpas e no seu devido lugar. Sinto falta da comida dela e do chimarrão. Me sinto fodona vivendo aqui no meu apartamento, mas ando me dando conta de que vivo em uma bolha.

Amanhã tenho meu trabalha que até que estou gostando sabe? minha faculdade. Me pergunto se resistirei ao próximos 3 meses. Eu sei que eu posso ir embora amanhã.

Que desculpas poderia dar agora para ir embora? A doença do meu pai, a falta de limpeza ou o fato de não conseguir viver na desorganização de vida?  Quem está doente aqui sou eu! Pensei que entraria em transe com o presente vindo do meu padrinho que tanto esperei. Ou com o show que está por vir no final de semana. Mas? Nada, nadinha! Ou será que vou em busca do meu sonho e morar a quadras da praia? Eu deveria estar feliz.  Mas ela vai esganiçar se eu for para mais longe! 

Sempre tive facilidade em encontrar empregos e lugares para morar. Certamente não será diferente em outra cidade. Acabei de tomar um banho agora adoro o cheirinho do sabonete e creme que fica na pele.

 Choro tomando banho. Começa com um choro pequeno, só algumas lágrimas tímidas. As lágrimas vão ficando gordas e gordas e gordas. Choro agora desesperadamente e dou pequenos murros no meu peito.

Que desculpa eu posso dar para ir embora hoje? Quero voltar pra minha casa. Vou comprar enfeites e revistas e coisas com cheiro bom e almofadas coloridas. Toda pessoa sofrendo compra almofadas coloridas.

Mas enquanto tudo isso fica no sonho, eu escrevo. 


Creio que quando mudar de emprego, de cidade e tiver minha casa limpa, cheirosa e em ordem eu serei adulta e feliz. Pretendo fazer tudo isso em menos de 3 meses.  

quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Tenho um sexto sentido assustador. Se eu digo que não confio em alguém, pode ter certeza que mais dia, menos dia, algo irá provar que tenho razão. Se me arrepia a espinha, num súbito, o perigo está eminente. Costumo prestar uma atenção superior a essas coisas, ainda que insistam por aí que eu desconfio demais…
Sei, porém, que conselho é algo que não se dá. Quanto mais se alerta alguém sobre algo, mais cega essa pessoa fica, como num processo inconsciente de provar com a própria razão, que a vida pode ter seus revezes.  Já previ casamento, morte, já previ separação, traição e gravidez repentina. É um dom que às vezes preferia não ter.
Conhecer pouco sobre os seres humanos faz as pessoas serem mais inocentes; é o que alimenta a roda da vida, mantém o mundo girando e faz com que todas aquelas coisas que nos fazem mal se convertam em aprendizado. Esse texto é só para registrar um aviso para todos aqueles que eu não consegui deixar caminhar livremente, aqueles dos quais me senti na obrigação de dizer algo desagradável sobre quem amam ou consideram: algumas coisas na vida, geralmente as mais importantes, são irreversíveis. Alguns danos só podem ser evitados, mas não, remediados. E que a culpa pelas coisas que acontecem conosco, todas elas, boas ou ruins, é quase que exclusivamente nossa.
Deus existe, claro. Ele controla tudo, é óbvio. Mas que temos uma tendência enorme a insistir no que nos faz mal, ou que sabemos de um jeito só nosso que não irá dar certo, isso temos. Sabemos que vai dar merda, mas rumamos para ela. Nossos instintos gritam, mas nossas ações se opõe ao lógico.
Se somos, no universo, os únicos seres racionais não tenho certeza. Mas que somos os mais burros, sem dúvida.
Durante o sexo ou no meio de uma briga, às vezes desejamos interromper o fluxo dos fenômenos. Enfiar a cabeça no chão, nos momentos ruins, ou congelar a cena para a eternidade, nos bons. Tentativas sempre frustradas por uma espécie de ansiedade, uma urgência de abocanhar o prazer ou de tentar resolver uma situação dolorida. Ironicamente, mesmo quando tudo o que queremos é apertar pause, colocamos ainda mais força no botão de play.



Em vez de “descer do trem” do sofrimento ou eternizar alguma felicidade, parar o mundo pode ser entendido com outras imagens. Acariciar um leão que deita no chão pela primeira vez. Pousar a dois centímetros das nuvens. Ficar dentro da água e, por alguns segundos, relaxar como se você nunca mais precisasse puxar ou soltar o ar. Em vez de tentar pausar, retardar ou acelerar, jogar fora o controle. Descobrir que a cobra assustadora era apenas uma mangueira. Não ser atingido pelas balas depois de enxergar sua verdadeira substância de nuvem, sonho.

O mundo para naturalmente quando nós paramos.

Claro, parar não é fácil. Além dos tiques corporais como roer a unha ou mover o pé freneticamente (que parecem estar naturalizados em nossa cultura), nossa mente tem mil vezes mais tiques e compulsões sutis. Se continuarmos tão distraídos, a arte de parar o mundo talvez seja esquecida






“Sempre que o diálogo interno pára, o mundo entra em colapso, e facetas extraordinárias de nossos seres emergem, como se tivessem sido mantidas numa guarda severa por nossas palavras. Você é o que é porque diz a si mesmo que é assim.” –Don Juan, em Portas para o Infinito, de Carlos Castaneda.



Perfume atrás da orelha, vestido bem vestido, um sorriso no rosto, um punhado de amigos que é pra se acaso eu te encontrar é pra você ver como eu ainda tô bonita.


Parei de serrar a serragem e distribuí os interesses. Meu profissional, minha família, meus amigos. Exatamente nessa ordem. E o que vier além disso, tudo bem, será bem recebido. Jamais procurado. Tracei metas e ninguém, absolutamente ninguém, vai me impedir de conquistá-las. É como se eu tivesse guardado os dores e problemas em uma caixa separada no meu cérebro, vai ficar lá, até quando eu achar necessário. Aprendi a dividir as coisas e guardá-las cada uma em sua devida




Me arrisquei muito neste tempo,
Procurar  sossego não foi fácil,
A gente vai muito longe para encontrar
Algo que já passou pelo nosso caminho.
Foi num sábado a tarde e meus cabelos
Ainda estão molhados, essa é a minha
Lembrança do dia que descobri a paz.
Estou lá. Estou esperando que me abrace,
Porque seu abraço medroso me fortalece.
Não dou garantias, não posso te prometer nada,
Mas estou livre nesse segundo em que segura minha mão
E não quero sair daqui, isso é o que sei.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Levantou da cama calçou os chinelos pegou o cigarro e caminhou lentamente para a porta da sacada, suspirou. Desceu o degrau, andou para frente e pára traz procurando um lugar que a acomoda-se, suspirou. Sentou-se na janela e apoiou os pés na guarda da sacada. Ficou brincando com o isqueiro por algum tempo e sentindo a brisa da madrugada bater no seu rosto, suspirou. Ascendeu o cigarro, fumava lentamente, pensativa.


Sentiu uma paz imensa tomar conta do corpo dela. Sentiu fisicamente, era como se o vento levasse todas as dores e pesos, como se fechassem as feridas, como se limpasse a maquilagem borrada . Como se o vento a ajudasse a guardar as coisas que lhe fazem mal.Deixou ir. Atendeu ao pedido e deixou ir.


 Cada tragada era um pensamento guardado, e assim foi, até chegar o filtro do cigarro. Abriu os olhos e se sentiu diferente. Sabe bem ela que passado não se resolve em uma noite de sacada, leva tempo. Mas, também, sabe ela que o tempo de guardar as dores é ela quem escolhe.


Desceu da janela e apoiou-se na sacada, suspirou, jogou o cigarro para baixo sem dó, sem pensar. E com ele despediu-se. ADEUS!



Entrou no quarto deixando os chinelos para o lado de fora. Escovou os dentes e lavou o rosto. Olhou-se no espelho e depois de muito tempo reconheceu-se, sorriu. Jogou-se na cama deu play no seu seriado e minutos depois adormeceu.


Seus sonhos, ninguém sabe. Apenas sabe-se que acordou sorrindo e agora passa a caminhar como se estivesse desfilando na Sapucaí em pleno carnaval.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

É como se houvesse apenas uma minuscula ferida que quanto menos se meche mais ela cicatriza e menos dói.
Guardei um bilhete, joguei fora a única carta e algumas roupas que me lembravam você. Foi como um ritual de despedida, já que a carta surtiu um efeito totalmente contrário e arrancou a ferida que cicatrizava, foi necessário refazer todo o processo novamente.
Era a minha despedida, o meu ADEUS, simples, sem respostas, sem procura, sem choros, sem declarações, sem pedidos. Era apenas um adeus. E a resposta veio como uma bomba com inúmeros tipos de explosivos, só depois que o fogo sessou pude ver que foi melhor, só assim soube o que estava acontecendo e quem eram as pessoas que recarregavam os dinamites.
Aprendo a cada dia selecionar o que me faz bem e o que já não importa. Filtrando o barro da água. E filtrarei, inúmeras vezes se for preciso até chegar a água translucida.
 Já não me importa com quem andas, nem pra onde vai. Já não me importa quem ocupa o lugar que um dia foi meu. Agora me esforço para atender seu pedido: Te esquecer! E depois que eu fizer isso nada mais tem volta.
Ela se viu como uma noite de réveillon, fogos de artifícios por todos os lados, apenas dele ter tocado com sua mão o cotovelo dela. Veio o frio na barriga que não sentia a muito tempo, começando lá de baixo e parando na boca. Riu, pois suas emoções sempre terminam na boca. 
Era de manhã cedo ainda não havia acordado direito de uma noite cheia de nadas, lutava para se manter de olhos abertos, desejava ter acordado mais cedo tomado banho e se vestido melhor, ou amo menos ter passado um lápis no olho para não parecer tão acabada. 
E ficava ali, inquieta e pensante, como poderia estar sentindo isso? Seria mais um de seus desejos loucos? Será apenas mais uma vontade de conquistar e depois fingir que não aconteceu? Nem ela sabe direito.
 Não procurou descobrir o que era aquele borbulhar no estomago, o que a deixou mais intrigada ainda, pois sempre saíra correndo para desvendar esses mistérios. Passou a noite e o dia seguinte calma e tranquila apenas aproveitando o arrepio e o frio da barriga que sentiu quando ele a tocou descuidadamente. 
Deixa acontecer, deixa ser natural - pensou ela. Sabia que tudo o que era forçado acontecer se desmanchava na manhã em que abria os olhos. 



Ficou apenas na lembrança o olhar verde que mudava de cor conforme o sol refletia!

sábado, 25 de agosto de 2012

Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com freqüência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam. 

Sonhos. Todos os têm. Alguns bons , outros ruins . Alguns tentam realizá-los , outros, tentam esquecê-los, ou simplesmente fingem que eles não existem . Alguns de nós, têm apenas pesadelos . mas não importa o quanto você sonhe. de manha, os sonhos são interrompidos , a realidade insiste em interrompê-los .


O problema dos novos começos é que eles precisam de algo para terminar. Alguns finais levam um tempo para se revelarem. Mas quando isso acontece, eles são mais fáceis de ignorar. Alguns começos iniciam tão silenciosamente, que você nem nota quando acontecem. Mas muitos finais vêm quando você menos espera. E o que eles pressagiam é mais negro do que você imagina. Nem todos os começos são para se celebrar. Muitas coisas ruins começam e muitas coisas ruins terminam.

Em um instante tudo muda. Esquecemos o passado e vamos em direção ao desconhecido, nosso futuro. Vamos para lugares distantes para tentar nos encontrar ou tentamos nos perder explorando prazeres perto de casa. Os problemas começam quando nos recusamos a mudar e voltamos aos velhos hábitos. Mas prender-se muito no passado, o futuro pode nunca vir.





Aprendi que se não podemos arrancar uma página da vida, podemos jogar o livro inteiro no fogo. Então, que comece o novo jogo!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Estive em total falta de criatividade literária. Passei dias sem saber ao certo o que escrever, continuo assim na verdade, mas tem algumas coisas que devem ser colocadas para fora.
Essa semana me obriguei a ver o ultimo episódio de HOUSE, foi mais dolorido e emocionante do que eu esperava. Choques de realidade. Percebi que vinha a algum tempo anestesiada, me escondendo atrás de festas, bebidas, pessoas, noites. Fingindo ser feliz o tempo todo para ficar perto de pessoas que  julgava serem meus amigos, não generalizo é claro, mas a grande maioria. Fiz uma corrida idiota e em vão em busca de ajuda, encontrei raras pessoas de bom coração e outras tantas vazias e pensando somente no seu bem estar. Isso serviu como uma sacudida para acordar da anestesia. Pude então ver como eu estou quebrada, como estou frágil, como fui partida em pedacinhos que ficaram espalhados por todos os cantos, não estou curada ainda. 
Acordei numa manhã dessas me sentindo uma folha de papel amassada e jogada em um canto que vez ou outra alguém pega, desamassa, usa e depois joga no canto mais uma vez. É assim que o ser humano é né: Todo mundo usa todo mundo e tudo é um jogo de interesses.
Cansei de fingir ser o que não sou para fingir ter amigos que não tenho. Cansei de me esconder, de anestesiar a minha dor, de usar e ser usada. Também tenho o direito de desabar, chorar, sentir dor e sofrer. Também tenho o direito de ser humana. E se eu tiver que fingir uma felicidade vazia para ficar ficar perto de pessoas, prefiro ficar sozinha. Eu e meu real sofrimento.
Ninguém é feliz o tempo todo, mas o mundo e as pessoas que nele vivem parecem se interessar somente em momentos felizies. Ninguém quer estender a mão. Ninguém quer ser ombro. Ninguém quer abrir mão de momentos serenos para ouvir a dor do outro. Quer dizer raras pessoas. Mas normalmente a ajuda vem de quem você menos espera, e pode ter certeza de que não vai ser de quem você ajudou.
A grande realidade é que a gente está sozinho o tempo todo. Você tem que andar por conta própria e angarriar forças de você mesmo. E a velha frase cliche: Você tem que ser forte. Só que dessa vez eu não quero ser forte.


terça-feira, 7 de agosto de 2012

E  entre as lembranças dos afagos e abraços, do rolar sobre as cobertas e das roupas e anéis voando para o chão que meu corpo escalda. É no longo fio de cabelo preto perdido entre minhas cobertas que eu lembro do seu cheiro. É quando quase adormeço conversando com você que meu sono vem tranquilo.

Paixão, não, ainda não. É isso que eu chamo de ponto de equilíbrio. O meu prumo. O desejar, o querer, o envolver-se puramente pela carne. Sem sentimentos. Sem cobranças. Sem explicação. Como sempre foi, como sempre deveria ter sido.

Isso tudo tem um gosto delicioso. O perder-se também teu seu lado bom. É quando eu me reencontro e a minha boca se enche de sabores que eu entro em transe de prazer.

É entre vários afetos, beijos e sussurros, corpos e conversas que eu me sinto em paz!


Livre!


terça-feira, 31 de julho de 2012

Quando abri a portinhola do meu apartamento e a vi de relance, meu olho estalou e assim ele ficou. Foi adentrando na salinha e eu via tudo em câmera lenta. Não consegui visualizar o rosto direito, via apenas um sorriso entreaberto misturado com seus longos cabelos. E veio um abraço apertado de surpresa. Eu acostumada apenas com comprimentos superficiais fui pega. Fiquei atônita, atrapalhada. Fui meio Cinderela deixando cair uma luva nas escadas apenas para tocar na sua mão, era quente. Perdi palavras e falei de mais. Fumamos debaixo da fina garoa, cada uma de um lado da calçada. Descemos as escadas do teatro e sentamos na boca de cena. Mesmo separadas por um corpo amigo sentia sua respiração. O espetáculo terminou. As escadas foram subidas cheias de atrapalhos. Tomamos rumos diferentes. E eu passei um final de noite ótimo e tranquilo trocando ideias e sensações com uma das minhas melhores amigas. Entre uma conversa e outra eu dizia: Mas ela é linda né?!?! Só via uma confirmação com a cabeça, como se minha amiga já soubesse onde iria dar tudo isso.


Dias se passaram, eu estava muito tranquila, sem perceber o que se formava em meu interior. E veio mais um encontro. Mais pessoas, mais conversas, mais um abraço apertado. Vê-la saindo de uma porta escura com a cara pintada, cabelo bagunçado e pantufas foi a cena mais linda que eu já havia presenciado. Pessoas, conversas, ideias novas, cigarros, chuva, cafuné, sopa, cigarros, ideias, pessoas, cigarros, vinho, pessoas, livre afeto, cigarros...olhares...e a surpresa, o que era para ser uma simples demostração de afeto resultou em um beijo...um beijo que não acabava mais...um beijo que me fez esquecer qualquer pensamento...fui atacada, pega de surpresa. Eu, eu que sou sempre a fera que ataca, fui atacada....
Seguiram-se beijos intermináveis misturados com carinho e algumas perguntas soltas. A descoberta do meu corpo no meio da dança...Sentada no chão envolvida por braços de carinho...Adormecemos com roupas e um cobertor fino, adormecemos em uma sala fria indiferente ao meu calor. Não fechei o olho a noite toda, me sentia estranha e algo me perturbava. Amanheceu e tive q sair estrategicamente pela janela do ginásio. Olhei para trás e vi alguém que me deixou um pouco confusa.


Os dias se passaram e eu procurei não pensar em nada do que havia acontecido aquela noite. Até vê-la na portinhola do meu apartamento mais uma vez. Linda, com o olho misterioso e seus cabelos negros caindo pelos ombros. Amigos, conversas, cervejas, cigarros, carinhos, e O BEIJO, rua, cigarros, chuva, pessoas, cigarros, banda tocando, carinhos, mordidas, pessoas, queimadas, beijos.

Teu corpo no meu adormeceu no calor da nossa respiração acelerada.


E eu só me dei conta de tudo o que descrevi na manhã que eu acordei e vi você do meu lado dormindo e fazendo careta. Nossos poucos encontros passaram como um filme na minha cabeça. Ainda tento entender o contexto do filme e a sensação que ele me proporciona.

Capricornianas.


 

domingo, 29 de julho de 2012

Algumas coisas ainda doem, pode ser que doa por um bom tempo, também, pode ser que cicatrize logo. Estou tendo paciência e me medicando da forma certa e eficaz. Tendo momentos divertidos e sonos tranquilos. 


Não será fácil te ver com outra pessoa e sei que mais dia menos dia isso vai acontecer. Mas eu já afundei no poço e chorei até não poder mais. Já vi fotos e reli a unica carta...dormi dias pra ver se passava...fiquei longe de amigos e de pessoas que me amam e umas que me odeiam também...Estou me guardando o tempo necessário pra voltar viva e amar novamente. Sem falsidade eu desejo toda felicidade do mundo pra ela. Mas desejo muito mais a minha. Tive a moleza de pedir algo que vai contra meus princípios mas logo depois me dei conta e retomei o meu prumo. Mudei de ideia varias vezes como uma tipica libriana. Librianas são assim, indecisas...mas quando decidem algo é pra sempre...
Decidi ser feliz...e me amar enlouquecidamente. 




E lá vou eu pra essa luta, nem que eu caia de novo, mas lá vou eu. Enfim sinto meu coração livre, Estamos leves porque estamos livres, e quem voa não encontra mais o mesmo lugar de antes no céu: permite-se a cada impulso, um novo registro na eternidade. Nunca mais passaremos pelo mesmo caminho.



sexta-feira, 27 de julho de 2012

Livre...leve...solta, é assim que me sinto quando penso na noite de ontem. Voltar as nossas origens é a melhor coisa e descobri que a saudade que eu sentia era da minha pessoa, de quem sempre fui, da liberdade, de não ter medo de ser quem sou, de mostrar minhas fraquezas e a minha força. As brincadeiras o falar sério, conversar, olho no olho, brincadeiras, como sentia falta disso!

É como ampliar meus horizontes e ver a sexualidade sobre todos os vieses. E agora construo meu próprio paradigma. Sem a preocupação de tentar me encaixar em parâmetros predefinidos.


Nem toda a tara é um transtorno. Desde que feita de forma saudável e que não comprometa o cotidiano da pessoa – nem a sua individualidade. 




Ontem foi dia de descobertas, hoje é dia de refletir sobre elas, uma coisa de cada vez, devagar agora!

terça-feira, 24 de julho de 2012


A gente vai ficar na fossa, vai chorar um pouco, deixando escorrero corpo e o rímel pelo box, debaixo do chuveiro. Mas tudo isso, eventualmente,vai passar.
E vai deixar de existir também, em algum momento, a vontade de insistir e tentar mais uma vez. O toque do celular não mais iniciará um ataque cardíaco e a falta de ar, juntamente com a dor de estômago – causados pela espera do e-mail que nunca adentrará a caixa – cessará.
Eu prometo que, assim como das outras vezes, haverá, com o tempo,a volta da percepção de que há sim outras pessoas interessantes no mundo e que é possível encantar-se novamente. Por algumas semanas (ou meses, infelizmente não tenho como garantir), será preciso sobreviver. Mas viver, uma hora ou outra, estará novamente nos planos a curto prazo.
Prevejo irritação, falta de fome, excesso de sono e escassa vontade de sorrir verdadeiramente. A visita a casa de amigos ou a simples ida a lugares públicos, provavelmente será feita arrastada, por pura obrigação. E a bebida, ora acalmará, ora desesperará.
Vai ser preciso coragem ou pura necessidade para sair da cama. Mas passadas todas as etapas, a vida deve voltar, gradualmente, a ser bela. O sol voltará a nascer, as músicas voltarão a fazer sentido e todos aqueles clichês serão reais. Um dia, eu juro.
Agora, porém, provavelmente só em meados do segundo semestre. Mas nem adianta revoltar-se, é assim mesmo que funciona. Se alguém lhe disse que seria fácil, mentiu.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Meio piegas talvez o fato de me fechar, meio down talvez o fato de não querer mais sair por um tempo, meio depressivo talvez o fato de querer saber somente de livro e seriados. Pode parecer para qualquer outra pessoa, mas para mim é necessário. Venho de um final de relacionamento conturbado e extremo dolorido e seguido de noites cheias de bebidas e corpos resultando em um dia sem lembrar de pessoas, conversas e seja lá o que mais aconteceu. Mas depois desse final de semana onde tive uma amnésia alcoólica com apenas 6 doses de Absolut não precisou pensar muito para chegar a conclusão de que preciso me retirar um pouco de cena ,  está na hora de cuidar mais de mim  ao invés de cuidar das garrafas de bebidas .
Tenho abandonado alguns amigos, livros e seriados preciso mais do que nunca retoma-los.
Tenho encontrado algumas novas pessoas que  estão me dando uma nova visão e é a elas que devo me apegar por enquanto. Não tenho intuito de me afasta dos velhos amigos, eles foram meu porto seguro quando mais precisei, mas infelizmente preciso fortificar o outro lado do porto para recebe-los  com a mesma iluminação de quando os conheci. Eles merecem isso. 

Esse final de semana assisti muitos filmes e seriados e duas frases ficaram marcadas na minha cabeça:
- O amor é como qualquer outra doença e sendo uma doença pode ser erradicado.

- Será que algum dia eu vou sorrir de novo?
Quado realmente valer a pena você vai sorrir.

Ando pensando muito nisso.



(...) Posso te garantir que o verão solitário me deixou mais mulher, mais leve e mais bronzeada e que, depois de sofrer muito querendo uma pessoa perfeita e uma vida de cinema, eu só quero ser feliz de um jeito simples. Hoje o céu ficou bem nublado, mas depois abriu o maior sol."




quinta-feira, 19 de julho de 2012

O começo sempre será difícil. Conhecer o novo, sair da zona de conforto e de segurança. Ir além, ir após. Começar é uma tortura para chegar a algo que será extramente ótimo ou não. Começar é dar o primeiro passo, não vacilar. Começar é abrir a janela de manhã, respirar bem fundo e saber que daqui meio minuto os abençoados problemas do dia irão surgir. Começar é trocar o pão pelo biscoito, o frito pelo assado, descobrir o gosto da rúcula aos 21. Começar é saber que cebolas são disfarces para quem tem vergonha do choro, e que as piadas sem graça é a desculpa de quem a tem como o único motivo para o riso. Amores virão depois das paixões, palavras certas sempre virão depois das erradas, a resposta certa virá quando o ato errado foi cometido, televisões novas estragam e garantias são perca de tempo, o telefonema mais esperado irá chegar enquanto estamos tomando banho com o rádio no último volume, as cartas não chegam, nem os e-mails, nem a esperança, as taças caras quebram como os copos de extrato de tomate, analfabetos ganham o país e conto de Caio Fernando Abreu passam sem aclamação. Começar pode ser aos 17. Pode ser aos 30. Pode ser aos 85. Começar pode ser ao som de Stones ou no apaixonar de Chico. Debaixo de uma mangueira, debaixo de uma chuva torrencial. Começar em Porto Alegre, pousar em Curitiba, recomeçar na Avenida Paulista, dormir nos braços de Cristo e “passar uma tarde em Floripa, ao sol que arde em Floripa, ouvindo o mar...”. Começar é de repente perceber que já se está na metade do caminho. Começar é dar mais valor ao tempo que temos e descobrir como é uma tortura o tempo que não temos. Começar é dar possibilidade de que alguma coisa aconteça aqui ou em Amsterdã. O beijo é o começo do amor. O amor é o começo do plano. O plano é o começo do caos. O caos é o começo da família. A família é o começo dos herdeiros. Os herdeiros são o começo do futuro. E o futuro já não é mais tão perto e nem tão para a gente. O futuro, aparentemente é o fim que nos espera. Espera para começar. 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tive um final de semana conturbado. Pensativo. Dolorido. Mas necessário.

E depois de tudo isso, de toda essa mudança em um dia, não foi nada estranho o sonho que eu tive.

Eu escalava uma montanha, não uma montanha dessas de neve e precipícios, era uma mistura de equilíbrio e escalada. Não estava sozinha, tinha um monte de gente, ninguém que eu conhecesse. Todo mundo subia, subia e subia. E quando chegamos quase no topo da montanha dava para ver um fio de luz do sol como aqueles de quando o sol nasce em dias de verão fino mas quente, a montanha rachou e todos caímos. Tudo começou a ficar confuso, parecia que cada pessoa caia em um lugar diferente. Não sabia se eu estava viva ou morta, mas estávamos em um lugar diferente que não era mais a montanha.

Caminhava, quando ouvi uma voz me chamando, não era estranha mas a recordação era distante. Virei e dei  de cara com uma ex minha (se é que assim posso chama-lá já que n tivemos nada verbalizado), nos abraçamos e ela sorria aquele mesmo sorriso da noite que vi ela sentada em um bar, ela me convidou para tomar um café. Era uma mais besta que a outra, com o olhar brilhando e aquela sensação de "matar a saudade". E depois de todo aquele blá blá blá de pessoas que não se veem a muito tempo, ela me disse que eu estava indo muito bem, que eu estava superando, que era p eu continuar assim, que não era pra eu pensar tanto em como aconteceu o fim "da outra" (assim que ela se referiu ao fim do meu ultimo relacionamento). E ela falava: "viu você tem força" "olha tudo o que você já passou, o que eu te fiz passar, o que ela te fez, e você está ai" "tu tah numa faculdade, que você sempre quis, está mudando tua vida, eu sei que não é fácil, tanto que eu não aguentei, mas tu deve aguentar, deve ter orgulho de si mesma. Fiquei só escutando e  tentando assimilar as coisas, mas preferi um abraço apertado, apertei forte a mão e o ombro dela, meus deus quanta saudade, do abraço e do conforto, das palavras que sempre me ajudaram, do olhar e do sorriso. 


Acordei no meio da noite assustada, e dessa vez não procurei ninguém no meu quarto. Só vi minha gatinha me olhando, como se ela falasse, eu  te entendo, de novo.  Chorei, chorei a despedida pela ultima vez. 


Não entendo porque ela sempre vem quando eu não estou bem, eu sei o que é real e  o que não é. E esse sonho foi mais uma vez pra me dizer que vai passar, talvez eu precisasse ouvir dela, ouvir de alguém que foi inacabado que o fim do meu relacionamento realmente era um fim, que tinha chegado a hora de me despedir. A minha despedida, me desligar e seguir...Tocar minha vida sem pensar. E teve mais uma frase que me fez ver o quanto ela me conhece: Monstro, tu não tem q te preocupar com o que ela pensa, ou o que ela vai achar do que tu tah fazendo, segue, é a tua vida, e faça o que te faz feliz, não o que tu acha que ela gostaria que tu fizesse.


Mais um tapa? Talvez. 


Sonhos sempre são sonhos. E hoje acordei de um que me fez ver que está na hora de cuidar da minha vida...quero minhas origens de volta. 

domingo, 15 de julho de 2012

Passo Fundo, 15 de julho de 2012


A carta de despedida.


Não poderia usar nada mais do que palavras para me expressar.  Poderia me expressar pintando um quadro, ou construindo uma casa. Mas vou usar do que me conforta para te contar algumas coisas. Essa não é mais uma carta de amor, é sim, uma carta de despedida. A noite que passou tive um sonho estranho, acordei pensativa e me dei conta que deveria realmente por para fora o que senti por você. Verdades. 



Um café não suportaria tantas palavras diluídas. Café com sal, café com açúcar.

  1. No meu sonho eu observava um homem que empalha animais, e ao dessecar a peça ficava ali, tomada de cuidado para nao estragar a "moldura". Quantas palavras escondidas entrelinhas para guardar segredos. Não poderia ser diferente. 


O que passamos juntas nesses 10 meses serviu para que aprendesse a viver melhor. 

Cada momento juntas parecia que era o primeiro e o ultimo.  Parecia que o antes e o futuro não existiam. Nunca nos demos de nos preocupar com o passado. Eu dei tanta importância para coisas pequenas, coisas que acabaram por nos atrapalhar no meio do caminho, e parecia que você iluminava cada passo do meu caminho. 

Penso que nunca fomos suficiente uma para a outra. Como uma dose de veneno que tomávamos todos os dias para nos fortificar.  Fomos intensas, tão rápidas, não chegamos a caminhar, pois pelo que sei, pessoas "normais" caminham, fizemos tudo diferente de tudo. Afinal eramos diferente do resto da parcela humana. E com tanta rapidez, tudo era muito rápido, as nossas qualidades nos acentuavam ao máximo,  e nossos defeitos nos engoliam cada vez mais. Voávamos. 

De cigarros em cigarros misturados com cervejas na sacada da tua casa nos conhecíamos, nos amávamos, nos descobríamos coisas magníficas uma da outra e nos questionávamos mais e mais.

Brincávamos de amantes, éramos namoradas, descobríamos e aflorávamos a nossa maturidade que não passava de um passo a frente da nossa infância e um regresso a ela.  

Amar para mim nunca foi algo fácil como você sempre soube, as ideologias iam se disseminando os meus dogmas me seguravam mais e mais. Você era a fonte de tudo, e a saída de tudo.  Você quebrava e desmistificava todos eles. Era dolorido ao mesmo era bonito. Em cada abraço, eu do lado direito e você do esquerdo da cama era uma coisa única.

Nós fomos como Dali e Lorca, tão estranhas um para outra como tão conhecidas, como íntimas. Tudo foi uma grande montanha russa, pois nós achávamos que nos conhecíamos, e no fim aprendíamos que  no fundo era pouco aquilo que esperávamos uma da outra.

Imaturidade a minha, rapidez sua, pressão do resto do mundo, não sei.  O que sei é que era tudo aquilo que eu precisava. O quadro estava sendo pintado lentamente, como Picasso em seu cubismo, ou talvez a loucura de Dali. A nossa pintura era tão imperfeita que era linda, causa diversas impressões externas. E tenho absolutamente certeza que essa estranheza do externo acarretou para ele não ser finalizado, ser pintado até o fim.

Nessa escola, eu aprendia, subia um degrau e  tu me acompanhava, era lindo, magnífico. Só com você eu me senti mulher, mulher de corpo, alma e coração. Nunca percebera a minha mudança? Eu estava apreendendo coisas que a vida nunca antes tivera me dado, e só um elefante de pernas de aranha para não errar, para não escorregar na tinta.  Meus melhores dias floridos de inverno eram aqueles, mas de repente tudo mudou, a cachoeira secou, os galhos secaram, e neve caiu. Naquela noite, fria, que chorava e murmurava na cama eu senti como se um milhão de larvas escorregavam pelo meu estômago e queimavam todas as borboletas que ali nasciam. Em cada palavra que ecoava na minha cabeça era como se fossem uma tortura mental e as lagrimas que custavam a cair eram como gelo cortando os olhos. 

Desde então preferi o caminho mais fácil, fugir, assim como os morcegos fogem da luz, fui para outros caminhos, encontrei  cordeiros e no fim eram lobos. Todos tinham até então o gosto da tua carne,  os olhos que engoliam  e o sorriso de chapeleiro maluco que me amaldiçoava. Enquanto isso, tu continuava a sua jornada ao mesmo tempo em que corria atrás, corria a frente.E quando parou foi como uma mordaça que fere os olhos e os ouvidos e que finge não ver e não sentir. No fim e no sim, sei que não é começo o sim e um não. 

Essa noite fui então de encontro para o quadro e vi que a pintura não estava completa, abri o armário e encontrei as tintas, e senti vontade de pintar novamente, a única coisa que falta é aquilo que até então ajudou a pintar aquela magnífica obra de arte, porém vista por outros como duvidosa, mas vista por dentro como perfeição. O quadro estende a mão e pede que o volte a colorir, tenho o pincel, mas não tenho mais as tintas. 


Hoje eu me despeço de você, de nós e de uma vida que um dia foi colorida.



quinta-feira, 5 de julho de 2012

O início não narrativo do suposto encontro parece apresentar apenas o prazer estético da imagem em si, o que remete claramente apenas olhares. Sem nenhuma palavra,  portanto da mesma importância. Fator curioso quando se vê que nem toda conversa precisa de palavras. ...algo assim como um raio de sol dourado e poeira que esvoaça, ou como uma rosa caída na sarjeta...

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Não fomos felizes para sempre. Nem infelizes. Já a perdoei, já me perdoei.


Foi mesmo amor à primeira vista. Naquela noite que te vi passar pelo corredor que dava para o meu prédio.  Nervosa, irônica,crispada. Atenta demais, quem sabe? Talvez tenha sido algo parecido com amor, reciproco, pois durante tempo desviávamos olhares. Confessados que por medo. E vieram os beijos, abraços, os encontros e sequestros de madrugada. Mas nunca isso era suficiente. Foi mais...o ver de todos os dias, manhãs e meio dias, até que isso foi demais.  

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Estamos diariamente expostos ao imprevisto, belo amigo esse destino.
Que nos destina fatos que não cremos, mas que nos envolve sem reluta. 
Sabe muito bem como chegar, nos envolver e nos tomar.



terça-feira, 26 de junho de 2012

Agora posso fazer jus ao nome do meu blog, finalmente uma gatinha em minha vida...Tive que passar por tanta coisa brusca, dolorida, insana, metida a besta, desfalecida, para finalmente encontrar, meu canto e meu      gato? Pura ironia do destino. E a frase de ontem a noite ecoa na minha cabeça... Vai ser a cura das tuas culpas. Vai ser a cura das tuas culpas! Das tuas culpas! Vai ser a cura do que eu sempre me culpei? Seria de fato a passagem da minha liberdade? O momento de fazer o que tiver vontade sem me culpar? Ou o momento de tirar a dúvida de que anos carrego?
Venho descobrindo que a melhor pessoa para estar comigo sou eu mesma...Já vivo uma relação a dois, eu e eu.
Ontem sai do chuveiro e deitei - me  na cama,  nua e molhada, joguei a cabeça para fora do colchão e olhei o céu uma neblina rosa o cobria por inteiro, uma neblina charmosa, que me dizia: Dessa vez sem culpa!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

"As águas que me querem levar tão longe
Tão longe que me façam esquecer
De ti...


Eu quero partir de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento pela pele
Um pensamento me fará
Uma louca tempestade...

Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes
Que teus olhos
Não me têm deixado ver
Agora eu vou viver...
"


Ana Carolina

sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você ...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais preso ao que eu criei e não a mim .
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa ....
Você não tem um nome , eu tenho...
Você é um rosto na multidão... E eu sou o centro das atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou é a mentira da aparência do que você é .
Por que eu...eu não sou o meu nome, e você não é ninguém ...
O jogo perigoso que eu pratico aqui , ele busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação , da distância , e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa ...
Eu quero que você me veja nua , eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada , te denuncia , e te espelha...
Eu me delato , tu me relatas...
Eu nos acuso , e confesso por nós.
Assim , me livro das palavras,
Com as quais você me veste . " [Fauzi Arap]

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Queria poder te encontrar, uns segundos apenas
Ver se o tempo teria conseguido nos vencer,
Eu sinto que nem toda água do mar
Poderia apagar, levar, nossos dias
Nossas alegrias espontâneas
Nossa felicidade que só precisa
De um riso e de um mundo fictício

Sinto sua falta.

Talvez sinta tanta falta que passo
A vida deixando espaços vazios
Na esperança de que você pudesse preenchê-los
Você sabe, eu sou tão boba às vezes
E crio esperanças que serão em vão
Tenho quase certeza, não te verei mais
Não vou nunca mais sentir aquela sensação
De te ver pela primeira vez, a segunda, a vigésima
Não mais, não mais amar com as impossibilidades
Não mais descobrir teus lugares preferidos




Não quero nada,
Não escrevo essas palavras pedindo amor,
Não me declaro criando qualquer expectativa,
Pois sei que esse tempo não é mais nosso.
Só escrevo para não esquecer quem você foi
Naqueles dias de dezembro,
Escrevo porque preciso regar o lírio
Que você me fez acreditar ser.
Escrevo não porque te amo,
Mas porque ainda gostaria de amar.

domingo, 17 de junho de 2012

não quero fechar os olhos
meu lugar já não é tão íntimo
cansei dos meus monólogos
e do monótono jeito de olhar
a vida que percebo passar
não quero mais me deixar ou
me esquecer no meu abondono
...apagar-me de propósito

de repente, quero despertar
me presentear com o novo
me deixar arrepiar
perder o fôlego
de tanta sede
de ar







Urrum me sinto assim hoje!
Queria uma um espetáculo no SESC!

sábado, 16 de junho de 2012

Ela estava linda segurando um cigarro na mão e balançando os pés conta o chão...Estranhamente lindo mexia no seu cachecol, balançava os cabelos e não parava de falar. Em passos mínimos andava de um lado para o outro olhando para cima e para baixo...Contemplei a levez do seu ultimo tragar do cigarro, tive que me retirar do local.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Então é aquele dia clichê. Dia clichê para quem está sozinho né. Porque por mais que a gente se faça de durão, de sem sentimentos, todo mundo gostaria sim hoje de estar batendo pernas na rua atras daquele embrulho especial. Achando que nada é suficientemente bom para agradar a amada(o).
 Flores, doces, espumante, jantar, velas, música e depois...depois é depois. 
Tem alguém no mundo que não quer isso? 
Ja tive dia dos namorados ótimos, outros nem tantos. Esse, esse não sei dizer. Poderia sim ser um dia ruim. Mas, talvez, eu esteja achando que não. Esta me fazendo refletir sobre o que realemte é a palavra NAMORADOS ou NAMORADAS? 
Confidências carinho cumplicidade medo surpresas mentiras verdades olho no olho mãos pele planos cheiro beijos brigas choros dentes sorrisos noites dias meio dia vinho cerveja barata jantas bares rua cama chão banheiro planos decisões troca sossego sono bom dia...e mais uma porção de coisas que não cabem em palavras. 
Talvez seja isso ou não...mas é a minha conclusão de NAMORAD... é tudo e mais um pouco, não ter medo, nem vergonha, é se entregar mesmo sabendo que você vai acabar sentada com varios pedaços da sua cara na mão tentando colar. 
Mas se no final do "romance" não sobrou nada, nem de bom nem de ruim. Não foi namoro. Primeiro sobram apenas as coisas ruins( não vale a pena citar) e depois você encontra as boas, vendo que realmente valeu. E sente saudades, mas é aquela saudade boa...da conversa, da troca de ideias, não mais a saudade do colo. É triste ver que certas coisas se perdem no meio do caminho, mas creio que seja necessário...
E como hoje é DIA DOS NAMORADOS(A), abrirei um vinho em homenagem, pois acabei ficando com a melhor parte do fim do relacionamento: EU!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também!"

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lembro perfeitamente da noite da peça CACHORROS(linda). Sai para conversar com o dramaturgo(mágico de palavras). Me deu muitas ideias, trocamos textos durante algum bom tempo(bons, ruins e pessimos). Depois, parei de escrever-lhe(desleicho). E hoje surpreendentemente abro meu e-mail e na caixa de entrada uma mensagem dele(susto). Abri, achando que fosse qualquer coisa(spam). Mas não, lá estava um texto lindo, falando dos meus escritos, falando de como ele via as oscilações nas entrelinhas(borboletas no estomago). E de como eu me anulava em certos momentos(felicidade ilusória). De como eu deixava palavras perdidas(comidas). E ele se perguntava se essas oscilações aconteciam na minha vida também(????). Antes de prosseguir com a leitura do email, parei pensei analisei e encontrei o fio do que ele estava falando(Pasma). Me surpreendi onde o fio foi encontrado(Assustada). E de como eu fico "cega" as vezes(Tapando o sol com peneira). Como me estravio em meio a emoções que eu sei onde vão acabar, porque é sempre do mesmo jeito, mesmo que eu reme em outro lugar, a parada é sempre a mesma(Karma?). Continuo a leitura e levo bofetatas literarias(Suaves e dolorosas). Perguntas do porque eu abandono a unica certeza que tenho por "coisas" ilusórias(rá). Pergunta-me o porque da necessidade de sofrer(rahrah). Se é para escrever mais ou para me sentir viva(Ilusionista). Ele foi a unica pessoa a quem confecei a deficiencia que tenho(letras). Ontem mesmo, quando acordei prometi que retomaria meus principios, um deles é:  nada mais vai interferir no meu amor maior: A ESCRITA. Os outros ainda são meus... Chega de burlar a minha vida.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Estou caminhando para uma nova faze da minha vida. Estou sozinha, forte e livre. E como sempre, quando sinto tantas coisas, apavorada. Mas o medo mudou. Trago uma nova vida pra mim mesmo que isso não pode ser explicado de forma simplificada em um parágrafo perdido no meio de um texto com tantas coisas saltitantes para serem ditas. Estou muito sem vírgulas. Tenho uma mala maior do que o meu futuro apartamento  para despachar. Ainda tenho uma neurose quase maior do que meu pequeno e magro corpo para sustentar. Tenho sensações desconexas e intensas num coração sufocado pelo novo tapete que acabei de adquirir. Não tomo mais remédio e o oxigênio enquadrando minha intensidade em partes mais decifráveis e lentas. E essa é a vidinha controlada e temerosa e quadradinha que me conforta e ao mesmo tempo me faz estar sempre prestes a rasgar minha pele, amassar, jogar no lixo e começar de novo. Percebo que sempre tenho um começar de novo. Nunca paro no tempo. Com ou sem final feliz, sempre tenho um recomeçar. Eu não fui feita pra ela. Pra essa vidinha, pra esses medos, pra essa caipirice. Sou sempre acordada, roubada, convidada, carregada a ter emoções. E então, minutos antes de fechar os olhos, eu a vejo. Que ainda me causa aquele meio segundo de prolapso no coração. Aquele meio segundo de prolapso na batida cardíaca da uretra. E lembro o quão louca e chata e ciumenta e birrenta e neurótica e ansiosa posso ser. Mas lembro também que, apesar de ser tão errada, ainda sou a pessoa mais legal do mundo. E então eu vou finalmente deitar na minha cama, encostar a cabeça no travesseiro e dormir. Não mais porque minha vontade de sumir é maior do que minha vontade de sentir, mas apenas porque a aventura já foi vivida.

sábado, 2 de junho de 2012

E mais uma vez eu engulo a saliva pra não escorrer pelos olhos. Mais uma vez meu coração se desfaz em pedaços. É como se uma mão com longos dedos gelados entrasse pelo meus estomago ate chegar no coração...o pior é que essa mão não arranca...ela apenas pousa seus dedos longos e ali fica....segurando....meu peito congela e eu fico sem ar...e a dor aumenta cada vez mais.

Mas a grande escuta é a do nosso silêncio quando esculpido pelo silêncio do outro...o silêncio que não era seu...

Por um dia, eu queria não sentir...por um dia...

Enquanto esse dia não vem, roo as unhas e olho as paredes.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

A insônia é como as paixões solitárias.

Há um corpo cheio, cheiíssimo de uma coisa pronta a acontecer

...que não acontece.

Na insônia, há um corpo bobo, cheio de sono, pronto pra dormir, que não dorme. Você pode até dar pequenas cochiladinhas mas, a ‘coisa em si’ fica esperando acontecer-se. Você até pode sair da cama mas, você não tem nenhuma vontade disso, o que você quer é ficar ali... e dormir, mas... não dorme. E fica.

Nas paixões solitárias há um corpo bobo, cheio de volúpia, pronto para dar-se, que não se dá. Você até pode ter orgasmos-solo mas o querido mesmo seria ser querido pela pessoa querida. Ou seja: ‘a coisa em si’ fica esperando acontecer-se. Você até pode gastar essa coisa com outros seres mas, o que você quer é um único... mas... ela não quer. E pronto.

Ai, ai... quanto ensimesmamento leva-se por aí nesses nossos corpos (insones e amorosos).

 

 

Cortar o cordão umbilical é dificil, dói  e você sequer sabe pra onde correr, e nem sabe se o colo vai te cofortar. É dificil sair para um mundo desconhecido. É frio, escuro, dolorido de mais...mas quando se é forçado a cortar esse cordão a dor é muito maior.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Dois cigarros e uma cerveja, foi o que precisei essa noite para recolocar alguns pensamentos em dia. O que foi, foi e o que virá talvez seja melhor, ou não. Não sei. Não quero saber...Estou superando o vicio de não falar a respeito. Estou me policiando. E é claro que lembro do colo na hora de dormir, do quentinho, do assoprar de cabelos,  dos braços e corpo onde eu me encaixava direitinho, dos beijos na nuca de boa noite e dos beijinhos no canto da boca de bom dia. Agora semi-deitada no sofá que se tornou minha cama eu lembro do tudo isso...e não sei se dói mais a saudade, a falta ou a tala do meio do sofá que agora virou minha cama.  Me reviro em pesadelos e acordo assustada. E mais de uma vez me pego chamado pelo teu nome. É realmente isso não faz bem. E me pego controlando o vicio de pensar. Uma promessa cumprida, não rolam mais lágrimas. Não vou mais me deixar ou me esquecer no meu abandono....apagar-me de propósito. O tempo de espera é o caminho de se encontrar.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Recomeçar do zero
Corrigir defeitos
Aprimorar qualidades
Realizar meus sonhos
Correr atrás do que é importante para mim
Vencer a maior de todas as batalhas, a contra eu mesmo.
A muitos dragões para serem enfrentados...
E muitas princesas a serem resgatadas de suas torres,
Só não posso mais esquecer de verificar se elas querem mesmo ser resgatadas
Não enfrente dragões que não valham à pena
Sofre-se muito nessas batalhas.

É difícil resumir mais deixo aqui um final que na verdade é apenas o inicio
Mais que nunca aprendi que ser eu mesmo é mais fácil, porque um dia a mascara cai e talvez a verdadeira face assuste alguns...

sábado, 26 de maio de 2012

O reencontro é estranho. Você pensa nas milhares de possibilidades de sensações que se pode sentir mas quando ele acontece, você se surpreende em  como não é nada daquilo esperado. O "oi!" o beijo no rosto, o olhar rápido. E depois vem o "está tudo bem". Surgem as músicas e em cada refrão você se reencontra. Em cada frase perdida entre uma música e outra você se acha. Em outras você gostaria que realmente fosse aquilo. E se sente estranha. E volta toda aquela lembrança. Mas você não quer beija-la, mas ainda a ama. Você acha seu jeito de cantar desajeitado, mas ainda a ama. Você vê ela cantar aquela música  com a banda e acha forçado, mas ainda a ama. A tentativa de chamar a atenção um pouco blé, mas ainda a ama. Entre essas confusões de razão e emoção que você para, olha, escuta e chega a conclusão que está tudo bem. Que você está bem sim. Sai feliz, achando que está indo bem, superando as coisas. Mas então chega em casa e não encontra as coisas dela, não tem seu cheiro e você acorda de um pesadelo assustada querendo apenas o colo. Então, você ainda ama ela. E a vontade de apenas deitar no colo, abraçar e se sentir segura abre seu peito. A lágrima corre. E já não se sabe mais nada. Eu só quero paz, canta a banda!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Eu não vou ficar chorando minhas dores aqui. Nem me lamentando. Já fi isso uma vez e não foi bom...Li um textinho de uma amiga minha q dizia: tem coisas que vão doer sempre, mas cabe a você saber o que fazer com ela. Se vai doer sempre, nçao adianta ame lamentar...Vou saber o que fazer com essas dores desde cedo. Guardar no fundo do armario e aproveitar cada pedacinho bom do meu dia^^
VERDADE X SINCERIDADE


Minhas gavetas são cheias de papéis com bobeiras escritas sobre a minha vida. Neles eu não minto. Meu blog também é cheio de bobeiras escritas mas nem tudo o que eu digo aqui é verdade, pode não ser verdade mas não deixa de ser sincero.
       Sinceridade não tem nada a ver com verdade, de verdade. Verdade é aquilo que realmente é. Sinceridade é aquilo dentro do nosso coração, muitas vezes não expomos isso. A questão é que devemos nos esforçar sempre pra falarmos a verdade com sinceridade.
       Quando eu digo ‘eu gosto’ é de verdade, e é sincero. Já quando eu digo ‘eu não quero’ pode não ser nem verdadeiro nem sincero.
Compliquei???
       Enfim, cada um sabe em quê e em quem acredita, mas o importante mesmo é acreditar na gente, e se olhar no espelho suado do banheiro e dizer de verdade, sem querer se enganar ‘eu to fudidamente feliz com tudo que eu tô vivendo, do meu jeito’.
BEM MAIS QUE SEXO!


Esses dias me deparei com um texto que dizia que mais íntimo do que sexo era dormir de conchinha.
Concordo plenamente e assino em baixo.
Sexo casual qulquer um faz, super limpinho, sem nojinho e sem estress. Você levanta toma um banho e vai embora.
Mas e dormir de conchinha, sem roupa, depois de suar e dizer besteiras ne frente do outro. Difícil, né?
Só é difícil se aquela pessoa que te abraça por trás, te aperta nas coxas e te toca com o dedão do pé não for a pessoa certa.
Só é difícil se não tiver carinho.
Só é difícil se não for verdadeiro.
Só é difícil se a vontade de ficar juntinho não for de coração.
Quando você encontra a pessoa certa, o banho é junto. E você nem se importa em dormir descabela e sem maquiagem depois. Se importa menos ainda em acordar e ter alguém ali, do seu lado. Quando você gosta de verdade, acordar com alguém fungando na sua orelha é, na verdade, terapêutico. E o braço formigando é só mais um motivo pra dar beijinho, fazer carinho, ficar de mimimimi.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

A pior coisa de todas é ter uma noite de pesadelos e acordar angustiada e nem saber porque. Na verdade até  se sabe, essa angústia carregada por alguns meses. Mas eu realmente não sei se ela é real ou fruto de algum medo meu. Muito tempo eu não falava isso, mas hoje eu queria dormir  por cinco dias. Eu venho tentando muitas coisas, cortei meu cabelo, ando menos preocupada com besteirinhas, falo coisas que guardava pra mim, mas isso não está ajudando. Eu até sei o que preciso, mas...mas? me falta corgem? Talvez! E aquela dor que abre o peito feito uma flecha envenenada. Perfura e espalha seu veneno pelo corpo...você sente tudo amortecer, menos a dor da ferida por onde a flecha entrou.  É um vazio cheio de nada, é um procurar inconstante sem busca. LOST. Não totalmente. Perdida de mim mesma. Quero meus planos e atitudes de volta. Quero meu sorriso e minhas vontades. O passo firme e as decisões tomadas. A meia noite viva em mim.




perder o olhar pode ser uma poesia
uma nostalgia do futuro
sento e o vento que balança
o trigo com delicadeza
é o mesmo que traz
os temporais
saudades demais
do que nunca
se teve

domingo, 11 de março de 2012

quando tudo mudar
não pense em se desperar
tudo irá acontecer
exatamente como deve ser
e não há como prever
nossos amanhãs

aproveite esse instante
o que acontece
exatamente agora
é o que ecoa na
eternidade