plus conneries

Minha sorte do dia diz que, eu deveria PERDOAR E ESQUECER.
Eu faço isso, mas que diabos eu ganho?
Nada. Absolutamente nada.
Alguns diriam que eu ganharia  paz de espírito, alma leve, sono tranquilo. Outros, que seguiria minha vida com mais leveza.
Pro inferno com a paz de espírito, o sono tranquilo e sei lá eu mais o que.
Eu quero é seguir com dignidade. Dignidade de não perder o que demorei anos pra conseguir. Anos quebrando a cara e juntando os pedacinhos pra colar ela de novo. Já não cabem mais remendos no meu rosto, se cair mais uma lágrima a cola não resistirá.
Eu posso até perdoar, mas esquecer fica difícil.
Eu fecho a porta e abro outra.
Algumas chances aparecem uma vez só na vida da gente.
As chaves das portas que se fecham, quase sempre são perdidas.
Talvez de tempo de correr e aparecer antes que a nova porta se abra.

É como um sorriso sincero de alguém que levou um soco na boca e perdeu todos os dentes.
É como querer muito aquele abraço apertado, e receber um abraço de médico.
É como fazer uma cirurgia pra consertar uma coisa que só o tempo cura.
É como querer bater a cabeça na parede pra atingir só aquele pontinho que te faz lembrar de coisas estúpidas!!

Nessas horas que eu preciso das benditas palavras, elas me deixam só!

Sem assunto

Lá fora chove
E começa a esfriar!
A janela do quarto embaça!

Buraco Clichê

Ontem o buraco clichê do meu peito diminuiu, um pouco mas diminui.
Eu esperava por isso, mas não sabia que quando esse dia chegasse eu sentiria tanto medo misturado com felicidade. Me assustei e quase chorei.
Segurei a lágrima que tentava a qualquer custo sair do meu olho jabuticaba, que no momento estava mais para olho de azeitona, segurei e não chorei. Não queria choro no momento que estava me proporcionando tanta felicidade.

O buraco clichê era tão grande e cheio de fumaça, agora, ainda é um buraco, mas não tem mais a fumaça e parece estar diminuindo.
Não penso se ele vai sumir ou não.
O que importa agora é que ele não tem mais fumaça!


P.S. Que diabos aconteceu que me levou a escrever sobre o que está acontecendo comigo? Isso não é normal.

Filete de água fria

Angustiei. Tudo se pôs confuso e meu medo era temer. Angustiei.
Abracei a toalha seca, macia, fui pro chuveiro. A luz eu apaguei, a água eu deixei correr. Me despi e sentei sobre meu par de chinelos. A escuridão do banheiro iluminou-se com o passar das gotas d'água e minha vista acostumou. Um cubículo humilde, um banheiro, apenas um banheiro. A água caía quente, mas o filete frio desregulado que brotava lá de cima teimava em existir. A cabeça eu abaixei, entre joelhos molhados e a angústia primitiva. A água se pôs quente e minhas costas se acharam na parede e então eu confortei, e a água corria, e cada gota que caía era um pensamento que amolecia. Era tudo muito bom, mas o filete de água fria teimava em cair.

A SENSAÇÃO DO FILETE DE ÁGUA FRIA : era como se o chuveiro retrucasse a maldade que eu fazia ao querer que toda a água caísse macia, quentinha pra eu poder aliviar minhas dores não-físicas. Era como se ele quisesse me incomodar sutilmente, por ser o pior dos incômodos o sutil. E eu sabia que o filete existia e me incomodava. Contrariava meu propósito, me atentava para o desconforto do cubículo humilde. E toda minha preocupação raivosa pelo filete de água se fazia erótica quando fria a água me excitava e fazia com que eu quisesse estar ali entre águas quentes e gotas frias. A porra do filete de água fria.

A angústia que eu senti, dormiu em mim, e eu sentia o peso dela em meus braços, eu não queria pensar. Mas eu pensava na água que corria limpa pelo ralo, em cifrões antipáticos. Eu ali e o filete de água fria.
Dispensei a condição de manter uma postura mental. Mantinha uma postura física, retraída, aquecida pelo filete de água fria. Susurrei, como se eu seduzisse o piso que acomodava meus chinelos. Sussurrei que era a dor, o prazer que de fato sentia ao sentir calada o filete desgraçado de água fria.

RELAÇÃO EXTERIOR COM O FILETE DE ÁGUA FRIA : era como se eu sentisse na pele de uma maneira visível o que a vida me dizia. Era vinho a água quente, era sangue a água fria. O vinho que faz sorrir, a sociabilidade que existia, aos baldes escorria, o sangue que faz doer, que é temido pelo viver, aos poucos jazia. Era como se eu soubesse que diante do muito bom sempre tem o pouco ruim. E que diante do muito ruim deve haver o pouco bom. Meu silogismo era sensato?

Não deram minha falta, não dei a falta de nada. Eu não sabia se deixava quieto ou se me movia.
Saudades da história do filete de água fria.

Reclamação

Prezada representante comercial da Momentos de Amor

_____Adquiri recentemente um de seus pacotes “amor de verão” em uma promoção realizada em um hiper-mercado de minha cidade. As condições de pagamento pareciam bastante justas, e me fizeram escolher pelo plano mais longo. Mas minha intenção, como propõe o pacote que comprei, era de algo momentâneo. Mas constatei um defeito no produto, já que fui acometida de um “amor platônico”. Entrei em contato com a assistência técnica especializada e me pediram para que esperasse um prazo pré-determinado para confirmar o defeito. Desde então passou-se uma semana e já não suporto tanto amor. Entrei em contato novamente com a assistência e garantiram que o problema era comigo. Fiz com que garantissem o envio de um técnico, para conferir o defeito. O técnico deveria fazer a visita em no máximo em 48 horas. Como o suporte não foi feito, tomei a iniciativa de antes tentar um contato com a parte administrativa da empresa, antes de tomar medidas jurídicas. Peço encarecidamente uma solução urgente, imediata. Se ao fim do dia persistir o defeito, providenciarei para que sua empresa seja responsabilizada e punida pelos danos.

___________________________ _________Agradeço insatisfeita. 

Tente...

Sou arrisca
solto faiscas
me refaço em segundos,
bebo no teu copo
não perco o foco,
sou longe, distante
me desfaço
de coisas insignificantes,
sou sua, minha
de ninguém,
meus desejos
vão muito mais além
que alguns anseios,
arrisca, faisca
desejos, suspiros
alguns sorrisos,
e eu me despeço
assim,
apenas dando
um fim.

Saudade!

Eu que nunca acreditei muito nessa história de realmente sentir saudade, me pego aqui feito idiota. Eu sentia aquela falta, sentia vontade de ver, mas hoje eu realmente descobri o real sentido da palavra SAUDADE.
Saudade, saudade mesmo de apertar o coração. Saudade de ficar olhando toda hora para o celular e ver se não chegou nenhuma mensagem. Ficar olhando pro msn para ver se não está lá.
Saudade é pior que perda. Porque você sabe que "têm" a pessoa, mas ela não está aí, do seu lado te enchendo de carinho e rindo da sua cara de boba.
Esse final de semana está sendo longo. Tenho tanta coisa pra fazer e não consigo, fico aqui idiota escrevendo coisas sem sentindo. E os meus trabalhos se acumulam. E segunda feira tah chegando.
Queria dormir e acordar quarta, seria bom de mais!

Você

Príncipe, pequenino

De alma tão grande

E olhos de menino

Medo pra quê ?

Tanta coisa errada nesse mundo

Não seria lindo eu e você ?

Se bate mais forte o coração

Deixa-te dormir em meu peito

Segure para sempre minha mão

E quando o mundo se virar para nos ver

Vou me jogar em teus braços

E tão cheia de vontade beijar você.

Eu sei, eu deveria dormir,
Já é nossa hora de sempre...


E quem disse que eu consigo?

Eu sei, eu deveria dormir,
Mas para que? Já tenho meu sonho!

Um ponto de interrogação enorme
Ficou pulsando no livro de memórias
Justo na parte de minha história
Onde eu encontrava o amor.

...

Penso que tenho o direito de me sentir feliz!
Penso que tenho o direito de sorrir quando acordo!
Sei que meu sorriso pode ferir outras pessoas, mas é necessário sobreviver.
Eu me sinto feliz, me sinto sorrindo e ao mesmo tempo me sinto dolorida.
É a linha que divide entre o abismo e a felicidade e queria, ao menos uma vez, escolher o lado da linha que beira a felicidade.
Quero ter a liberdade de me atrapalhar nas palavras porque sua presença me intimida.
Quero me sentir escolhida, ver teu cabelo crescendo e teus olhos fechando.
Eu me sinto segura quando você pega na minha mão.


você me ensina a ganhar o mundo
e no fundo, quem ganha é você
tudo que descobri que posso ser
quando me deixa imaginar
alguma coisa boa para acontecer

você me inspira um poema novo
e no fundo, quem inspira é você
quando aparece no meu dia
me fazendo amanhecer
na realidade de uma quase fantasia

e agora vê se dá um jeito
de transformar o que tenho no peito
em algo parecido com um coração

e agora vê se não vai embora
quando alguma coisa demora
ela tem vontade de ficar





Sem mais interpretações, escrevo porque me faz bem!

coisas

Percebo que gosto mais de pensar quando não tenho tempo, incrivelmente as idéias borbulham com intensidade quando estou atarefada de coisas para fazer. Não pense que meus poemas surgem quando deito para descansar ou quando estou tomando calmamente antes de dormir. Ao contrário, é no meio de um relatório de mercadorias que faltam ou quando atendo por horas um cliente. A idéia surge, não corro para o papel ou para frente do notebook, fico dias com ela na cabeça, aperfeiçoando, mexendo, até que eu goste ou não. Se gostar publico, se não gostar deleto a idéia. Percebo que a inspiração não depende de amores ou histórias, funciona mais como um tipo de presente: ao invés de nascer uma flor, Deus dá aos poetas um poema, ao invés de um dia de sol, uma canção ao músico, ao invés de uma borboleta, um novo prato para as cozinheiras. É assim, todo mundo tem que ceder de alguma maneira: o trabalho pelo reconhecimento, a educação pela gentileza, a sinceridade pelo amor, a confiança pela amizade. Nem os grandes saltadores deram pulos tão grandes, não temos o dom ou capacidade de chegar em algum lugar sem conhecer o caminho. Por isso agradeço pelos pequenos momentos de inspiração no meio do caos e da loucura, por ter aprendido a chegar até o fim de um poema sem desfalecer. Não sou tão grande quanto eu supunha, às vezes uma palavra me desmorona por dias.

Tive saudades de mim
Quando hoje reparei em casa,
Nas fotos pela sala,
Nos objetos sobre os móveis,
Prestei atenção na música
E uma falta eu me fiz...
Na hora que cinza jazia
Me reencontrei, me revi!
E tudo que (realmente) sou
Está em detalhes esquecidos...
Estou numa lembrança
Cobrindo-me do pó
De meus sonhos adormecidos

Tive saudades de mim
Quando hoje reparei em casa,
Nas fotos pela sala,
Nos objetos sobre os móveis,
Prestei atenção na música
E uma falta eu me fiz...
Na hora que cinza jazia
Me reencontrei, me revi!
E tudo que (realmente) sou
Está em detalhes esquecidos...
Estou numa lembrança
Cobrindo-me do pó
De meus sonhos adormecidos

Meus sais que vontarde gritar, gritar e gritar, por todos os comodos da casa, chutar e sei lá....

Aqueles que não toleram injustiças.
Sofrem muito e sofrem,
quando são vitimas de algo.
Não se apegam a princípios.
Adoram um doce.
Colocar comida na mesa
é como montar uma peça de teatro.
Aqueles que estão sempre sorridentes.
Que gostam de cheiros fortes e marcantes.
Que apreciam o ocultismo.
Extremamente românticos
(o que eu não acredito muito).
Aquele que atrai o outro com facilidade.
Aquele que passa de uma aventura a outra
com facilidades
sem maiores compromissos morais.
Aqueles que se satisfazem sexualmente
mesmo sem ter afeição alguma.
Vivem no “ar”.
Adoram receber presentes.
Fidelíssimos.
Amantes das artes e tudo o que é belo.
Aqueles que cultivam muitas amizades.
Aqueles que ardem ao extremo,
porém durável somente por pouco tempo.
Aqueles que são caprichosos.
Aqueles que são melancólicos.
Aqueles que são mutáveis e impulsivos.
Aqueles que regem o equilíbrio entre a noite e o dia. Aqueles que são chamados de balança.
Aqueles LIBRIANOS
as vezes insuportáveis
outras vezes toleráveis,
mas na maioria das vezes fechados.


Librianos apenas Librianos.

E assim vai.

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido.

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo...