segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

subentendido

Como diz Lulu

Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no seu peito
E se isso for algum defeito
Por mim tudo bem
Tudo bem, tudo bem


Mesmo sabendo que seu peito e seu cheiro não é pra mim eu me acalmo nele, no nosso amor que não pode existir. Me agarro no teu olhar de canto e sorrio, por semanas. Faço da nossa única noite a semana toda. Espalho teu cheiro pelo meu quarto e roupa e o guardo, como se fosse um tesouro valioso. E é.

Sobre nos dois ninguém deve saber. Sobre você e eu ninguém precisa entender. 

Tudo bem, tudo bem, tudo bem. O mundo nunca será nosso! 

Fui eu que te pedi pra me tirar do meio da multidão no bar. Fui eu que te ofereci um sofá. Da gentileza nasceu a melhor das atrações. Seus olhos soltaram faíscas. 

Nossos desejos ficam na nossa cabeça, não precisam acontecer. Ninguém precisa saber dos cafés que você me dá. 


domingo, 9 de fevereiro de 2014

das coisas que aprendi...

Desconfie de quem nunca chorou por amor. Desconfie de quem não tem amigos fiéis, que se discute, briga, chora e se abraça infinitamente. Desconfie de quem nunca fala de seus pais. Desconfie de quem não fica bêbado em uma roda de bar. Desconfie de uma pessoa solitária e sem amigos.

Toda pessoa tem uma história, por mais sombria que seja. Tem um passado. Teve um amor por quem chorou, uma amizade que se desfez e voltou.


Desconfie de pessoas que não vivem ou viveram. Desconfie de quem ciúmes demais, de quem chama a atenção de mais. De quem quer tudo pra si.

Desconfie de pessoas que se acham centro das atenções. De pessoas que acham que o mundo gira ao seu redor. Desconfie de quem fica de burro pela felicidade alheia.


Inveja branca não existe.

E é impossível amar alguém sem passado!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

dos monstros...

Houve um tempo em que magoei e enganei muitas pessoas. Usei seus sentimento somente ao meu prazer. Fugi e me escondi de quem realmente sou. Fiquei com medo de mostrar o monstro que realmente existe em meu interior. Até, que por circunstâncias da vida e o empurrãozinho de algumas pessoas, esse monstro resolveu mostrar a cara. Nada bonito, nada sensual. Feio, bravo e irritante. Difícil de lidar, de entender.

Me assustou, muito mais que qualquer outra pessoa. Tive que levá-lo de volta as suas origens. Tentar acalmar sua fúria. Fazer com que voltasse pro seu lugar. Adormecer a fera.

Nas minhas origens, encontrei inúmeras pessoas que me mostraram que não preciso guardar meu monstro, posso sempre andar com ele. Apenas aprendi a controlá-lo. Ele fica solto, sem coleiras, sem cordas. Livre.


Foi educado. Junto com minhas origens, meus princípios e meus ideais. Não deixo mais ninguém pisar neles. Meu monstro me ajuda a cuidá-los. 


Aprendi a respeitar meus amigos e suas escolhas, aprendi que traição é a pior coisa que existe, independente da forma. Mentiras e enganações uma hora vem a tona e é muito mais dolorida do que a verdade.

Aprendi a me sentir confortável e me retirar de lugares e pessoas desconfortáveis.