domingo, 23 de junho de 2013

do tempo ao tempo

se o tempo passar
deixe apenas
que passe

no tempo não
há alianças
nem algemas,
nele se anulam
as promessas

há este segredo:
não nascemos para um amor,

morreremos pela liberdade.


Você passa os dias não mais esperando por uma mão sobre a sua nos dias de domingo. Os poemas viram textos e se perde o carinho nas palavras e leva-se a dureza para os dias. Não sei bem certo quando e onde amadureci para o amor. Nos repartimos para nos multiplicar. Faço uso da razão para não mais ferir. Endureci não por falta de amor, mas por excesso. Nunca medi o tamanho dos beijos, antes da paixão eu já cedia a entrega. Mas uma serenidade me convidou ao descanso, e já não o faço mais, por agora. Somente espero sem subornar a expectativa. Vezenquando a espera tem recompensa e favorece o tempo. O tempo, esse traz a cura. Hoje não espero mais por companhia e nem uma mão pousada sobre a minha nos dias de domingo. Uma vida sem amor, é tão cruel como a morte. Então, por enquanto, adormeço. 

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