quinta-feira, 19 de maio de 2011

Devaneios...

Corro para todos os lados.
Corro para todos os abraços.
Procurando você.
Tentando ver você.
Te procuro nos rostos.
Te procuro nos beijos e gostos.
Me agarro em cabelos.
Me perco em apelos.
E me pergunto, onde está você?
É tão difícil assim?
Entender que nunca mais te verei?
E passam os dias.
Correm as horas, para trás.
O muro que você criou
Entre eu e o mundo
Permanece aqui.
E eu sequer me esforço pra ver além dele.
Queria tanto um banco pra ao menos tentar ver por cima dele.
Eu sei o quanto isso é idiota.
Mas você me cercou.
Quando disse aos berros que não tocava violão,
Quando você me acordou com uma xícara de café e aos acordes de Garotos.
Nesse exato momento, o muro subiu e eu não fiz nada para impedir.
Fiquei olhando o muro subir.
Fiquei olhando o muro me cercar.
E sabe, as coisas andam difíceis por aqui, sem você.
Você, tão contrário do acaso.
Sempre um amor a distância.
Sempre uma arma pra atirar quando perto.
Você, sempre você, com a mania de cortar meus cabelos e me afastar do meu Caio.
Dizia que eu era frágil e doce de mais para ele.
Ria quando fazia citações de suas frases.
Me fazia chorar com suas verdades cruéis inventadas.
Por quantas vezes inúteis nos socamos.
E quando me segurou pela camisa na sacada da tua casa pedindo se eu não tinha medo de você!!!
Me lembro da vez que ameaçou jogar o carro contra um caminhão só pra ver minha reação.
Eu nunca tive medo.
Eu me sentia segura com a sua instabilidade.
Onde e com quer que eu estivesse eu me sentia segura.
Agora só me sinto nua e desesperada a qualquer ataque.
Quem vai me socar quando eu estiver me desequilibrando da vida?

Nenhum comentário:

Postar um comentário