quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Os jovens de hoje transam menos...

As pessoas não se olham mais. Se veem, mas não se olham. Passam corridas e despercebidas umas pelas outras. Acabou o interesse no brilho que olhos tem quando se encontram. Acabou o charme de conquistar apenas piscando o olho esquerdo.

Para onde vão os filmes, dentro da gente, depois que você sai do cinema? Ficam misturados na vida, na emoção, na memória. As pessoas ficam perdidas esperando que uma emoção de cinema aconteça na vida delas...e é onde se perdem os olhares. E fica apenas o se verem.

As novas gerações se gostam menos, transam menos, conversam menos. Perderam o ponto vital, o ponto belo, o ponto vivo. Criaram uma perfeição nas suas cabeças de corpos perfeitos que não existe. Ou vivem em um mundo virtual, onde chat de conversação é mais interessante que corpo a corpo. Assim, transam menos.

Lembrar do passado é perfeitamente humano e natural, mas se você começa a querer que o tempo volte, e fechar-se para o presente, aí começa também o erro de sentir-se errado, começa a cair fundo e sem volta no circulo de frustração.

Porque é se alimentando do novo que o velho consegue deter sua esclerose. Como o novo, que precisa alimentar-se do velho para não permanecer eternamente com aquele gosto ácido de maçã verde.

Então meus jovens velho de 28, 30, 34 até seus 40 anos. Ou achem um velho e transem muito, ou acostume-se com a velocidade do prazer do novo.

No ultimo final de semana, tive certeza: devo mesmo estar enlouquecendo. Do ponto de vista do conforto físico, não havia clima para tolerar, por exemplo dez ou quinze minutos. Ou me da uma hora inteira, ou não me atiça.

Como diria uma amiga minha: “por um miojo, não tiro nem minhas calças”

Nesses extremos, perde-se o centro, perde-se a quina da cara e coroa, perde-se o tempo exato da junção (ou seria da ejaculação). Não, não é pecado apostar no prazer, não é pecado apostar na alegria do corpo.

Não seja bom, não seja ótimo. Seja vivo, vivíssimo. Seja forte, fortésimo. Empurre para frente, de ao outro vontade de viver. E o que ou como vai fazer isso não importa, o que importa são os melhores momentos de viver. Faça de suas noites mais molhadas, mais saborosas, mais intensas.

E quando falo que os jovens de hoje transam menos, não estou falando de quantidade, que isso fique bem claro. Me refiro ao tempo durante o ato mágico do encaixar do corpos.


Então meus queridos, dediquem-se mais ao outro, estudem cada milésimo do corpo do outro. Não se importem apenas em mostrar como seus corpos e músculos estão perfeitos. Ou então, acabarão sendo velhos que transam pouco.

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