As pessoas não se
olham mais. Se veem, mas não se olham. Passam corridas e
despercebidas umas pelas outras. Acabou o interesse no brilho que
olhos tem quando se encontram. Acabou o charme de conquistar apenas
piscando o olho esquerdo.
Para onde vão os
filmes, dentro da gente, depois que você sai do cinema? Ficam
misturados na vida, na emoção, na memória. As pessoas ficam
perdidas esperando que uma emoção de cinema aconteça na vida
delas...e é onde se perdem os olhares. E fica apenas o se verem.
As novas gerações
se gostam menos, transam menos, conversam menos. Perderam o ponto
vital, o ponto belo, o ponto vivo. Criaram uma perfeição nas suas
cabeças de corpos perfeitos que não existe. Ou vivem em um mundo
virtual, onde chat de conversação é mais interessante que corpo a
corpo. Assim, transam menos.
Lembrar do passado é
perfeitamente humano e natural, mas se você começa a querer que o
tempo volte, e fechar-se para o presente, aí começa também o erro
de sentir-se errado, começa a cair fundo e sem volta no circulo de
frustração.
Porque é se
alimentando do novo que o velho consegue deter sua esclerose. Como o
novo, que precisa alimentar-se do velho para não permanecer
eternamente com aquele gosto ácido de maçã verde.
Então meus jovens
velho de 28, 30, 34 até seus 40 anos. Ou achem um velho e transem
muito, ou acostume-se com a velocidade do prazer do novo.
No ultimo final de
semana, tive certeza: devo mesmo estar enlouquecendo. Do ponto de
vista do conforto físico, não havia clima para tolerar, por exemplo
dez ou quinze minutos. Ou me da uma hora inteira, ou não me atiça.
Como diria uma amiga
minha: “por um miojo, não tiro nem minhas calças”
Nesses extremos,
perde-se o centro, perde-se a quina da cara e coroa, perde-se o tempo
exato da junção (ou seria da ejaculação). Não, não é pecado
apostar no prazer, não é pecado apostar na alegria do corpo.
Não seja bom, não
seja ótimo. Seja vivo, vivíssimo. Seja forte, fortésimo. Empurre
para frente, de ao outro vontade de viver. E o que ou como vai fazer
isso não importa, o que importa são os melhores momentos de viver.
Faça de suas noites mais molhadas, mais saborosas, mais intensas.
E quando falo que os
jovens de hoje transam menos, não estou falando de quantidade, que
isso fique bem claro. Me refiro ao tempo durante o ato mágico do
encaixar do corpos.
Então meus
queridos, dediquem-se mais ao outro, estudem cada milésimo do corpo
do outro. Não se importem apenas em mostrar como seus corpos e
músculos estão perfeitos. Ou então, acabarão sendo velhos que
transam pouco.
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