sexta-feira, 1 de junho de 2012

A insônia é como as paixões solitárias.

Há um corpo cheio, cheiíssimo de uma coisa pronta a acontecer

...que não acontece.

Na insônia, há um corpo bobo, cheio de sono, pronto pra dormir, que não dorme. Você pode até dar pequenas cochiladinhas mas, a ‘coisa em si’ fica esperando acontecer-se. Você até pode sair da cama mas, você não tem nenhuma vontade disso, o que você quer é ficar ali... e dormir, mas... não dorme. E fica.

Nas paixões solitárias há um corpo bobo, cheio de volúpia, pronto para dar-se, que não se dá. Você até pode ter orgasmos-solo mas o querido mesmo seria ser querido pela pessoa querida. Ou seja: ‘a coisa em si’ fica esperando acontecer-se. Você até pode gastar essa coisa com outros seres mas, o que você quer é um único... mas... ela não quer. E pronto.

Ai, ai... quanto ensimesmamento leva-se por aí nesses nossos corpos (insones e amorosos).

 

 

Cortar o cordão umbilical é dificil, dói  e você sequer sabe pra onde correr, e nem sabe se o colo vai te cofortar. É dificil sair para um mundo desconhecido. É frio, escuro, dolorido de mais...mas quando se é forçado a cortar esse cordão a dor é muito maior.

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