segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ela se viu como uma noite de réveillon, fogos de artifícios por todos os lados, apenas dele ter tocado com sua mão o cotovelo dela. Veio o frio na barriga que não sentia a muito tempo, começando lá de baixo e parando na boca. Riu, pois suas emoções sempre terminam na boca. 
Era de manhã cedo ainda não havia acordado direito de uma noite cheia de nadas, lutava para se manter de olhos abertos, desejava ter acordado mais cedo tomado banho e se vestido melhor, ou amo menos ter passado um lápis no olho para não parecer tão acabada. 
E ficava ali, inquieta e pensante, como poderia estar sentindo isso? Seria mais um de seus desejos loucos? Será apenas mais uma vontade de conquistar e depois fingir que não aconteceu? Nem ela sabe direito.
 Não procurou descobrir o que era aquele borbulhar no estomago, o que a deixou mais intrigada ainda, pois sempre saíra correndo para desvendar esses mistérios. Passou a noite e o dia seguinte calma e tranquila apenas aproveitando o arrepio e o frio da barriga que sentiu quando ele a tocou descuidadamente. 
Deixa acontecer, deixa ser natural - pensou ela. Sabia que tudo o que era forçado acontecer se desmanchava na manhã em que abria os olhos. 



Ficou apenas na lembrança o olhar verde que mudava de cor conforme o sol refletia!

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