segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Gorda realidade cheia de copos

No outro lado da gorda realidade habitam dragões flamejantes. Nos últimos tempos, dei para dormir e sonhar demais. Mas não consigo ir adiante com esse pensamento. É complexo demais, para as outras cabeças, para mim é simples e satisfatório. E a realidade vai ficando cheia de copos.

Sempre penso no depois da coragem tomada. Sim, já tive coragem de realizar os meus sonhos. Mas quando penso no depois me vem a mente os dragões de donzelas raptadas sem donzelas raptadas. E tudo volta ao ponto da gorda realidade cheia de copos.

Entre poços de sono, colheres de mel e cápsulas de limão, pedaços do sonho e do real. Houve um tempo que aos sábados pela manhã, houvesse sol ou não, tudo o que eu sonhava era um conversível amarelo.

Alguém disse que é para você que escrevo, hipócrita, fã, craque, de raça, transvestindo em minha pele enquanto gozas? Padeço agora de umas sensibilidades e liberdade de que não padecia antes, despreocupações com o tempo, com os sustos que o tempo prega. Mais leve, mais sorridente, mais vida. De repente passaram-se dois anos. Ou três.


Entre dois poços de sono, na mesma cidade da Mulher que vê Dragões, desenha-se a casa do Homem que vê Unicórnios.

Não acredito em tudo o que dizem, mas acredito sempre em sinais.



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