quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Idealização x Sintonia

O que em absoluto impede nem sequer nubla minha libriana visão crítica, certo?

Por estar tão decadente, o mundo, a sintonia entre corpo e alma deixou de existir. Sobrou apenas a idealização de um ser que não existe. Um ser, não humano, não de carne,não de olhares, não de toques e nem de suor. De revista, photoshopada, talvez.

Entre esse pessoal, que se acha um patamar acima, que nós reles mortais, (quando digo nós, me refiro a pessoas que se detém a sintonia de corpos existentes) é que tudo não passa de uma idealização vazia e sem gosto nenhum. Parecido com pera. Pera: gente que não tem graça, não tem gosto nenhum. Comportadinho, limpinho, inofensivo, tipo alface ou chuchu.

Gosto desse pessoal duma bagaceirice irremediável. De carne e osso, dessa gente suculenta. Que dá vontade de comer quando escuta por entre os lábios qualquer frase que desperte interesse. Que faça pensar e querer saber mais. Pessoas lasanha, que quando você corta e serve, o molho continua escorrendo. Que quando você fecha o olho e escuta palavras saindo da boca faz com que sentido e lógica ganhem novos sentidos quando se fala sem se ver.

Pessoas de verdade, que se entregam a sintonia do vai e vem. Pessoas que sabem que deitados ou de pé, com os corpos colados, não existe diferença. Pessoas que quando você fecha o olho e explode em prazer te transporte para outra dimensão.

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